Os arquitetos da OTAN internacional vêem
suas ambições preenchidas, desejam que mais de 140 das 194 nações do mundo sejam
membros ou sócios da Aliança do Atlântico Norte. Desta maneira, as suas tropas,
as maquinaria militar e as bases aéreas ou de outro tipo permitirão ao bloco
dominado pelo EUA levar a cabo ações em qualquer parte do mundo, como as
estratégias militares que o sócio da OTAN Israel tem estado preparando na
Romênia, Grécia e na base aérea da OTAN, na Sardenha, para ataques contra o
Irã. A ideia é ir mais longe, poder cercar a Rússia por um lado e a China por
outro, deslocando, assim, o conflito nas terras de seus países satélites para
muito longe de suas fronteiras.
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Cidadãos japoneses, habitantes da
ilha de Okinawa (território do Japão), manifestando-se contra a base militar
estadunidense e exigindo o fechamento definitivo desta. A ilha é ocupada desde
o final da Segunda Guerra mundial. |
Por Rick Rozoff* (12 de dezembro de
2011)
Desde que a Organização do Tratado do Atlântico Norte adaptou seu
Conceito Estratégico para o século 21, faz um ano neste mês, em Portugal, e no
processo acabou quase que formalizando o bloco como uma força global de intervenção
militar, a discussão se tem estendido sobre uma associação coletiva com a União
Africana de 54 nações, uma “mini OTAN” no Golfo Persico e outra no Oceano
Ártico e no mar Báltico, a culminação da transformação do Mediterrâneo em um
mar da OTAN e a “OTANização” efetiva da Associação de Nações do Sudoeste
Asiático (ASEAN), com 10 nações. [1, 2, 3, 4, 5].
Massive por LuisCarlosCarlos_Nascimen
A aliança militar dominada pelos EUA,
cujo atual embaixador estadunidense, Ivo Daalder, tem advogado durante anos por
converter em uma OTAN global, em regra geral, (com um artigo que leva
precisamente este titulo) se expandiu dos 16 a 28 membros de pleno direito na
década que começou em 1999 e tem agora quarenta (40) sócios em quatro
continentes, além da zona euro-atlântica sobre os auspícios de programas com a
Associação pela Paz na Europa e na Ásia, do Dialogo Mediterrâneo na África e
Oriente Médio, da Iniciativa de Cooperação de Istambul no Golfo Pérsico, do
formato de Países de Contato na região do Pacífico Asiático (Austrália, Japão,
Nova Zelândia e Correia do Sul), Programas nacionais anuais com Geórgia e Ucrânia,
a Comissão Tripartite Afeganistão-Paquistão-Internacional das Forças de Assistência
de Segurança, o Conselho da OTAN no Afeganistão (com a versão líbia que vem a se
constituir), um acordo bilateral com o Governo de Transição Federal na Somália,
onde a OTAN tem aerotransportados milhões de tropas de Burundi e Uganda para as
guerras locais e outros acordos.
A associação formal com a União
Africana e a ASEAN daria ao único bloco militar no mundo de cinquenta (50) novos
seguidores na África (Argélia, Egito, Tunes, Mauritânia e Marrocos – este
último não é membro da União Africana – são já membros do Dialogo Mediterrâneo)
e dez no sudoeste asiático: Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar,
Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnam.
A parte disto, em setembro o representante estadunidense
permanente da OTAN, Daalder, disse aos periodistas da Índia que visitavam o
quartel general da Aliança em Bruxelas:
“Penso que é importante ter um
diálogo (com a Índia) e se aprofundar nesse diálogo”.
“É através do dialogo, através do
entendimento das percepções de cada um e talvez trabalhando nas percepções
erróneas que possam existir, que podemos reforçar as relações entre a Índia e a
OTAN”.
Também sugeriu abertamente que a Índia,
membro fundador do Movimento dos países Não-Aliannhados, de 120 nações, deveria
abandonar sua política de neutralidade e colaborar com os EUA e a OTAN no
desenvolvimento de um sistema internacional de intercepção de mísseis.
No artigo escrito durante a década
passada, incluindo o anteriormente nomeado “OTAN Global” [6], Daalder e seus
companheiros funcionários do Conselho e Instituição Brookings de Assuntos
Exteriores discutiram a associação do bloco com outras nações do mundo, sobre a
concepção de Daalder, de uma Aliança dos Estados Democráticos e outros
mecanismos. Os Países mencionados por seu nome são Austrália, Botswana,
Colômbia, Costa Rica, Índia, Israel, Japão, Nova Zelândia, África do Sul e
Correa do Norte. [7].
Imediatamente após a conferência da OTAN em Lisboa, citou-se a
Daalder dizendo: “Lançaremos a OTAN 3.0”.
“Não
se limita já a Europa – não é uma aliança global, porém, é um ator global.
Temos que buscar oportunidades de trabalho com países com os quais não havíamos
trabalhado com antecedência, como Índia, China e Brasil”.
No mês anterior, em outubro do ano passado, o Secretário Geral da
OTAN, Anders Fogh Rasmussen, disse em um vídeo posto no blog: “Deveríamos chegar a novos e mais
importantes sócios, incluindo China e Índia”.
Com a OTAN como primeiro jogador e no mando, quer dizer. Acrescentou:
“Deveríamos animar as consultas entre os
sócios e aliados interessados sobre assuntos de segurança de interesses comuns,
com a OTAN como centro dessas discursões”.
Em setembro deste ano disse a agência de notícia Xinhua: “Gostaria
muito de ver um dialogo reforçado entre a China e a OTAN”. A China e a Índia
estavam entre as 47 nações representadas na reunião do quartel geral da OTAN,
em 14 de setembro, para discutir as operações navais no Golfo de Áden e também
no Oceano Índico, onde a OTAN leva a cabo a operação Escudo do Oceano. Outras
nações fora da OTAN presentes foram: Austrália, Egito, Indonésia, Japão, Malásia,
Nova Zelândia, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Singapura, Coreia do Sul, Suíça
e Emirados Árabes Unidos. Ao mesmo tempo, os dos últimos proviam planos de
guerra para a operação Protetora Unificada saltar contra a Líbia.
Hillary Clinton visita Birmânia (Myanmar) e estamos seguros que a
maquina de “Hollywood” colocará nos quadros de aviso um filme acerca deste
país, que veremos no cinema em breve.
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Se os arquitetos da OTAN internacional
vêem suas ambições preenchidas, mais de 140 das 194 nações do mundo serão
membros ou sócios da Aliança do Atlântico Norte. Suas tropas, maquinaria
militar e bases aéreas ou de outro tipo permitirão ao bloco dominado pelos EUA
levar a cabo ações em quase qualquer parte do mundo, como as estratégias
militares que o sócio da OTAN Israel tem estado preparando na Romênia, Grécia e
na Base aéreas da OTAN na Sardenha para ataques contra o Irã.
Com cada nação do continente Europeu e cada nação insular europeia,
a exceção de Chipre, membros ou sócio agora da OTAN, com a Aliança firmemente
instalada na África, Oriente Médio e o Oceano Índico, os EUA e seus aliados
ocidentais estão concentrando suas forças no Sudeste Asiático.
A guerra do Afeganistão vai por seu décimo ano e tem dado a OTAN a
oportunidade de integra aos militares de quinze países da Ásia e do Pacifico
(incluindo Oriente Médio e sul do Cáucaso nesta categoria) mediante o
fornecimento de tropas e outro pessoal militar para as Forças de Assistência
para a Segurança Internacional da OTAN: Armênia, Austrália, Azerbaijão, Barein,
Geórgia, Japão, Jordânia, Cazaquistão, Malásia, Mongólia, Nova Zelândia, Singapura,
Correia do Sul, Tonga, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Todos eles menos
Bahrein e Japão, são os que o bloco se refere como Nações Portadoras de Tropas,
das que Cazaquistão fará o número 49, com seu parlamento bloqueado,
temporariamente, ao menos a formalização de dito estatuas.
Antes de seu falecimento, no ano passado, o Representante Especial
dos EUA para o Afeganistão e Paquistão, Richard Holbrooke, recrutava para
convertê-la no 50º fornecedor oficial de tropas para a guerra da OTAN no
Afeganistão. [8]
O Secretário de Defesa Leon Panetta terminou recentemente uma
viagem de oito dias a Ásia, a primeira como chefe do Pentágono, na qual visitou
Indonésia, Japão e Correa do Sul.
Na primeira etapa de sua viajem se reuniu com os ministros de
defesa de dez membros da ASEAN. Indonésia detém neste ano a presidência da
organização. O próximo ano será transferido a Camboja, aonde, embora Panetta
estivesse no sudeste asiático, seu subordinado e Assistente, Deputado e
Secretario de Defesa para o Sul e Sudeste Asiático, Robert Scher, esteve durante
dois dias de visita para consolidar as relações militares com a nação anfitrião,
onde o exercito dos EUA no Pacifico tem estado dirigindo os exércitos militares
Sentinela Angkor nos últimos dois anos. Xinhua citou o funcionário do Pentágono
dizendo:
“É uma visita frutífera. Tem
participado em uma série de produtivos encontros com o Ministro de Defesa de
Camboja e das Reais Forças Armadas de Camboja (RCAF) para discutir o
crescimento das relações entre os EUA e o Camboja”.
Citou também expondo que havia: “discutido acerca dos objetivos de Camboja diante a tomada da
presidência da ASEAN em 2012”.
“O Departamento de Defesa dos EUA
está comprometido a seguir trabalhando com as RCAF no desenvolvimento de uma
força profissional que contribuirá para a paz e a estabilidade regional e
internacional” e “a responsabilidade geral dos EUA é aumentar o compromisso com
a região da Ásia e o Pacífico no futuro”.
Enquanto estava na Indonésia, se permitiu a afeições de
identificar-se como “um filho da costa do
Pacífico dos EUA”, havendo sido criado na Califórnia, igual que seu
comandante chefe, o presidente Barack Obama, nascido no Havaí; se vende a si
mesmo, como o primeiro chefe de estado estadunidense do Pacífico.
Encontrou-se com o Ministro de Defesa Indonésio Purnomo
Yusgiantoro, segundo o diário Barras e Estrelas, “para discutir o crescimento de relações militares bilaterais e ampliar
as relações com o Sudeste Asiático... tratando, entre outras coisas, das
crescentes pretensões da CHINA em um área que considera seu quintal”
Segundo as suas próprias palavras, “tenho deixado bem claro que os Estados Unidos continuam sendo uma
potência no Pacífico, que seguiremos reforçando nossa presença nesta parte do
mundo e que seguiremos sendo uma potência... nesta região”.
Mas tarde no Japão, o chefe do Pentágono disse as tropas
estadunidenses da base aérea de Yokota, perto de Tokio: “Não estamos antecipando cortes nesta região. Talvez reforçaremos nossa
presença no Pacífico”. Duas semanas antes, a Secretária de Estado Hillary
Clinton havia falado no mesmo sentido: “Provavelmente,
as melhores oportunidades nos próximos anos será na região do Pacífico
asiático, e é por isso, que temos renovado a liderança e o papel de
preeminência dos Estados Unidos ali”.
Em julho de 2010, Clinton assistiu ao Fórum Regional da ASEAN em
Hanói e saltou para as disputas entre os estados membros da ASEAN e China sobre
as ilhas Spratly e Paracel, no Mar Sul da China, em essência, comprometendo aos
EUA como defensor da ASEAN frente à China. O encontro de Panetta com seus dez
homólogos da ASEAN confere um claro componente militar ao compromisso.
Enquanto no Japão o secretário de defesa celebrava o meio século
de colaboração militar americano-japonês, consagrada no Tratado de Cooperação
Mutua e Segurança entre os Estados Unidos e Japão, de 1960, assinalava: “e assim será também durante os próximos
50 anos”.
Panetta disse também as tropas dos EUA e do Japão concentrando: “Acabo de ter a oportunidade de está na
Indonésia e de me reunir com os ministros de defesa (da Associação de Nações do
Sudeste Asiático, ASEAN). E lhe tenho transmitido à mesma mensagem: Os Estados
Unidos seguirão trabalhando com todos eles para melhorar nossa cooperação, para
melhorar nossa ajuda, assegurar que fortaleceremos a segurança para todas as
nações da região do Pacífico”.
O sudeste asiático tem uma população aproximada de 600 milhões,
dois terço da do hemisfério ocidental e quase três quatros da Europa. Contém
uma das linhas marítimas mais vitais do mundo, o Estreito de Malaca. O estreito
discorre ao longo de umas 600 milhas entre Tailândia, Malásia e Singapura até o
leste e da Ilha Indonésia de Sumatra ao oeste. De acordo com a Organização
Marítima Internacional das Nações Unidas, ao menos 50.000 barcos passam cada
ano através desta via marítima, transportando 30% das mercadorias com que se
comercializa no mundo, incluindo petróleo do Golfo Persico para os principais
países do Oriente como China, Japão e Coreia do Sul. Até 20 milhões de petróleo
atravessam diariamente o Estreito de Malaca, quantidade que não fará senão
incrementar conforme avançam a Sigla Asiática. [9]
Desde o final da Guerra Fria, os EUA e seus aliados europeus tem
expandido a OTAN ao longo da Europa e tem combinado esse esforço com a criação
de uma OTAN asiática, que em parte, consiste na reativação e expansão de outras
alianças militares da Guerra Fria, baseadas na OTAN: a Organização do Tratado
Central (CENTO), a Organização do Tratado do Sudeste asiático (SEATO) e o
Tratado de Seguranças da Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos (ANZUS).
Porém, o que se está atualmente construindo é muito mais extensivo
que os três anteriores juntos e é, por outra parte, não complementar, mas em
conivência com a OTAN, a Guerra no Afeganistão serviu ao proposito de unificar
Oriente e Ocidente sobre o controle estadunidense e da OTAN, como fizeram com
as guerras da Coreia e do Vietnam para a criação da SEATO e ANZUS.
Em março de 2010, o Conselho Atlântico dos Estados Unidos, o
principal lobby da OTAN no Hemisfério Ocidental e de fato no mundo, publicou um
artigo de Max Boot, um especialista em Estudos de Segurança Nacional Jeane J.
Kirkpatrick Senior, do Conselho de Relações Exteriores e conferencista
habituado na Escola Militar do Exercito e o Comandante Geral do pessoal da
escola, intitulado “Construindo uma OTAN do leste Asiático”.
Continha esta passagem:
“Uma queixa escutada habitualmente entre os funcionários
estadunidenses e analistas políticos é que no leste asiático – uma das zonas
mais importantes e conflituosas do planeta – não haja uma arquitetura de
segurança comparável a da OTAN. Os EUA têm laços com muitos países chaves,
destacando Japão, Correia do Sul, Singapura, Filipinas, Austrália, Tailândia e
Taiwan. Porém, não tem laços fortes entre si e não tem um plano militar
conjunto como o que assume a OTAN...”. [10].
Nos últimos meses o tema de uma colaboração militar OTAN-ASEAN tem
ido cobrando mais e amais atenção.
Em agosto o Secretário de Estado Assistente dos EUA para Assuntos
do Leste Asiático e do Pacífico, Kurt Campbell, concedeu uma entrevista ao The
Australian na qual disse:
“Um dos maiores desafios para a política exterior estadunidense é
levar a cabo uma mudança dos desafios imediatos e desconcertantes do Oriente
Médio até os acordos mais profundos e a longo proso na Ásia”.
“Há uma inegável força e qualidade
na política exterior chinesa e estamos vendo no Mar do Sul da China e em outros
lugares. O que tem funcionado o ano passado é a quantidade de países do
Pacifico asiático que estavam preparados para dizer a China que uma maior transparência
(da China nos assuntos militares) vão aos interesses da região do Pacífico
asiático.
"... Penso que o que se vê é um
esforço (dos Estados Unidos) sobre a mesa para alcançar que a Índia jogue um
papel mais importante na Ásia, e revitalize as relações com a ASEAN – tanto com
a ASEAN como instituição ou com seus membros chaves como Indonésia, Vietnam e Singapura,
retomando a que foi uma muito importante relação com Filipinas”. [11].
Seus comentários foram paralelos aos do chefe de defesa Panetta e
outros funcionários do Pentágono, ao afirma que, com a retirada das tropas do
Iraque e da redução delas no Afeganistão, o Pentágono está enfocando o leste
Asiático, com a OTAN para jogar um maior papel na política de um maior e novo
Oriente Médio e África, para deixar livre ao exército estadunidense de se
deslocar até ao leste.
Em julho apareceu um artigo no Jakarta Post com o titulo “Esboçando
uma futura associação ASSEAN-OTAN” de Evan A. Laksmana, identificado como
investigador do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Yakarta,
presumivelmente, afiliado ao think-tank, com o mesmo nome de Washington D.C Indonésia,
recordemos que preside atualmente a ASEAN.
Os comentários do autor diziam:
“Ao iniciar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sua
sétima década e ao consolidar a ASEAN, o edifício de sua comunidade regional
até 2015 e além, os corpos tem muito que aprender um do outro”.
“Para a OTAN, a ASEAN cobrará uma
importância crescente na estabilidade futura e da ordem asiática e poderia ser
o candidato ideal, como homólogo estratégico, para enfrenta aos desafios regionais
comuns e globais de segurança – especialmente quando a ASEAN consolidar o
edifício de sua comunidade regional, permitindo-lhe compartilhar o papel da
OTAN como uma comunidade de nações com ideais semelhantes...
"... O valor geopolítico,
geoestratégico e geoeconômico do Sudeste Asiático sugere também que as futuras
missões da OTAN, além de sua área tradicional de operações, poderia depender
cada vez mais da ASEAN”.
Além disso, recomendava:
“Qualquer futura associação ASEAN-OTAN poderia no mínimo se situar
em torno de cinco áreas de políticas principais: manutenção da paz, assistência
humanitária e auxilio em desastres (HADR), segurança marítima, reforma da
defesa e antiterrorismo”.
“Estas cinco áreas de compromissos
poderia depois ser executada em quatro níveis de cooperação: estratégica,
institucional, operativo e interpopulacional”.
"... “Estrategicamente, a OTAN pode
comprometer-se com a ASEAN em discursões e diálogos referentes aos cinco
aspectos de segurança usando duas vias”.
“Na primeira via, Reunião Ampliada
dos Ministros de Defesa da ASEAN (formada por todos os países da ASEAN mais
Austrália, EUA, China, Coreia do Sul, Japão, Índia, Rússia e Nova Zelandia),
assim como, o Foro Regional da ASEAN (ARF), para promover fóruns para os
diálogos importantes”.
“... Na segunda via, são cruciais
dois agrupamentos: os institutos ASEAN de Estudos Estratégicos e Internacionais
(ASEAN-ISIS), uma rede dos nove think-tanks principais do Sudeste Asiático, e o
Conselho de Cooperação em Segurança do Pacifico Asiático (CSCAP), uma rede de
quase todos os think-tank principais do Sudeste Asiático”.
“... Institucionalmente, a OTAN
poderia explorar cooperação ou colaborações futuras, bem como, o Secretariado
da ASEAN, da rede de Centros da Manutenção da Paz da ASEAN, do Centro ASEAN de
Assistência Humanitária e Auxilio em Desastres, inclusive do Instituto ASEAN
para a Paz e a Reconciliação”.
“... Outra forma de atividades de
defesa diplomática, como visita a portos ou intercâmbio de funcionários que são
mais práticas e ‘neutras’, poderia ajudar a polir a sensibilidade de alguns
países da região enquanto a visibilidade da OTAN”.
O escritor termina sua peça com estes comentários:
“Isto
poderia aumentar leta e gradualmente o perfil público e a consciência da
contribuição potencial da OTAN a instabilidade da região”.
“... Este é ao menos a impressão
do autor das discursões com vários funcionários da OTAN em viagens recentes”.
“... A OTAN deveria pelo menos
começar a pensar em se associar em breve a ASEAN para evitar surpresas quando
uma nova crise regional na ÁSIA chegar à porta. Para a ASEAN, se somos sérios
no estímulo da construção de nossa segurança regional, que danos pode fazer o
aprender de uma organização multinacional que tem a maior experiência prática
nesse empenho?” [12].
Três dias depois apareceu um artigo na imprensa paquistanesa,
intitulado “A OTAN bate na porta da ASEAN”, do Dr. Jassim Taqui, que faz as
seguintes advertências:
“Havendo falado no Iraque e no
Afeganistão, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem decidido
mudar de direção até o Sudeste Asiático. A este respeito, a OTAN mostra um
aberto interesse em estabelecer uma associação com a ASEAN (Associação de
Nações do Sudeste Asiático)”.
Embora “os Estados Unidos tenha
estado influenciando a ASEAN desde 1997”, agora, “Washington se combina
com a Índia para influir na região, numa tentativa de neutralizar a nascente
cooperação entre a ASEAN e a China”.
“...Durante sua visita a Índia, a
Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, apelou a Índia para expandir sua
esfera tradicional desde o Sul da Ásia Central até ao Sudeste Asiático para
conter a força crescente da China. Ostensivamente, Clinton deixa a linguagem
sugerir uma estratégia que aspira rodear a China em seu quintal no Sudeste
Asiático e no Arco do Pacífico, por uma parte, e estimular o compromisso na
Ásia Central, por outra”.
“...O tom de Clinton é polémico.
Justifica a contenção da China por Washington e Nova Deli no campo dos ‘valores
e interesses comuns’. Clinton também anunciou que a administração Obama vai
lançar um dialogo em três vias com a Índia e o Japão como contrapeso a China”
[13].
No inicio do ano o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA
disse aos jornalistas:
“Teremos
28.000 soldados na península da Coreia. Teremos, creio, mais de 50.000 soldados
no Japão. De modo que teremos já suficientes efetivos ali. Com nossa presença a
longo prazo no Pacífico, buscaremos maneiras de reforça-la inclusive, não
necessariamente na Coreia e Japão, mas, ao longo do Arco do Pacífico,
particularmente no Sudeste Asiático”. [14].
Em setembro um porta-voz do Comando do Pacífico dos EUA disse ao
The Diplomat: “Essa busca da ASEAN em uma colaboração na Indústria da defesa
regional poderia ajudar aos interesses nacionais dos EUA no Pacífico Asiático,
na medida em que, estabeleceria uma nova série de acordos, semelhante ao da
OTAN, (que) facilitarão a interoperabilidade entre os exércitos da ASEAN e dos
EUA”. Expondo também que:
“Do
ponto de vista operativo, a adaptação dos padrões da OTAN por parte da ASEAN
poderia avançar na operabilidade em longo prazo entre os exércitos da OTAN e a
ASEAN. Enquanto isso melhoraria a ação militar conjunta em numerosas missões de
treinamento, também permitiria aos planejamentos de defesa do Pentágono ver
antecipadamente aos exércitos da ASEAN como um multiplicador de forças para
alguns cenários regionais como adversários potencias, incluindo a China”. [15].
À medida que o ano vai chegando a seu final, torna-se claro que o
Pentágono e seu crescente global bloco militar, a OTAN, se concentram em
integrar os exércitos do Sudeste Asiático em sua inexorável deriva até a
contenção e o enfrentamento com a China e abortar o surgimento da Organização
de Cooperação de Shangai como alternativa militar viável para eles na
Eurásia.
[11] “US keeps an eagle
eye on Asia” The Australian, August 15, 2011.
[12] “Sketching out a
future ASEAN-NATO partnership”, Evan A. Laksmana Jakarta Post, July 26,
2011.
Rick Rozoff*
Fonte original do artigo:
Tradução para o português por:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
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