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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ONU: Conselho de Segurança condena a postura dos EUA sobre os assentamentos israelenses

Pela primeira vez na história do conflito palestino-israelense, o Conselho de Segurança da ONU condenou, definitivamente, a postura dos Estados Unidos acerca do problema. Durante décadas os EUA tem mantido o bloqueio contra qualquer resolução que proteste contra a política de construção massiva dos assentamentos israelense na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, território invadido por Israel durante a guerra dos Seis Dias de 1967.

A sessão plenária de hoje do Conselho de Segurança, a porta fechada, cominou com a condenação dos 14 países membros, menos EUA, pela falta de progresso na resolução do conflito. Nenhuma das delegações criticou abertamente a política de Washington, mas, segundo comentou o representante permanente russo diante da ONU, Vitali Churkin, só uma delegação acredita que a situação poderá “milagrosamente” resolver-se por si mesma. 

Ao mesmo tempo, apesar de que devido ao veto por parte do Estado americano, o Conselho não pode uma vez mais aprovar a declaração que critica as atividades do Governo israelense, o diplomático russo qualificou a reunião de hoje como “histórica” pela unanimidade de seus participantes. A sessão desembocou, ademais, em uma serie de afirmações sem precedentes. O Reino Unido, França, Alemanha e Portugal, por sua parte, e a Índia, Brasil e África do Sul, por outro, apresentaram declarações que condenam drasticamente a recente decisão do Ministério de Construções de Israel de vender terras para a edificação de 6.000 casas em Jerusalém Oriental e seus arredores. Segundo os quatros países europeus, “a ampliação sistemática e premeditada da construção de assentamentos causa um efeito, extremadamente, destrutivo sobre as perspectivas de renovar as negociações diretas palestino-israelenses e ameaça a vitalidade do Estado Palestino tal e como queremos vê-lo”.  

Em 28 de novembro as autoridades israelenses aprovaram a edificação de uns 100 casas no assentamento Shila, na Cisjordânia. Em 7 de dezembro informaram sobre a construção de 14 casas em Jerusalém Oriental. Pouco depois, decidiram ampliar para 40 casas em outros assentamentos na Cisjordânia e Efrat. Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Rússia, este tipo de atividade são uma das causas principais de que o conflito palestino-israelense se tenha convertido em um beco sem saída.

Os palestinos exigem que seu Estado seja reconhecido com as fronteiras de 1967, que inclui Cisjordânia, a Faixa de Gaza e uma capital em Jerusalém Oriental. Israel, por sua parte, se opõe tanto as fronteiras de 1967 como a compartilhar Jerusalém: insiste em que a cidade deva permanecer sem divisão como capital de Israel.

“Estamos muito longe de nos desesperamos. Seguiremos nos dirigindo ao Conselho de Segurança até que este possa cumprir com suas obrigações e aborde nosso problema do mesmo modo que aborda outras questões”, comentou o observador palestino na ONU, Riyad Mansur.

Fonte:

Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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