sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Atentado em Damasco: Se radicaliza a oposição síria? (+ Vídeo)
Ao menos 26 mortos e mais de 60 feridos é o balanço
pelo momento de uma forte explosão que se tem produzido no centro de Damasco,
segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior da Síria.
Trata-se de um atentado suicida causado por uma
pessoa que se sacrificou diante de um semáforo, num bairro popular da capital.
O incidente se produziu perto de um ônibus que transportava agentes das forças oficiais,
quando saíram do veiculo.
Alberto Cruz, jornalista, cientista político e
escritor, opina que os métodos dos opositores têm sido cada vez mais violentos
porque estão desesperados pelo apoia majoritário de parte da população.
“Embora seja verdade que os primeiros meses da
revolta, foram revoltas, eminentemente, pacificas e que apontava para uma maior
consolidação democrática, mudanças democráticas no país, o certo é que desde o mês
de outubro estamos assistindo a uma escalada que esta seguindo claramente o
esquema líbio. Não é casual que o único governo no mundo que tem reconhecido o
Conselho Nacional de Transição como representante legítimo do povo sírio seja o
Governo do Conselho Nacional de Transição líbio. Não é casual que esse esteja
comentando com maior força, inclusive com documentos, a presença de salafistas líbios
nas filas do chamado Exercito Livre Sírio. E todas estas razões nos levam a
pensar que vamos assistir a uma escalada bélica, a maiores enfrentamentos
armados de maior escalada cada vez maior, com a finalidade de impedir que chegue
a primavera, porque na primavera de 2012, faz muito tempo, o governo de Bashar
Al Assad tinha estabelecido que ia por em marcha reformas de grande escala no
país, incluindo reformas na Constituição com a meta de chegar a eleições presidências”,
comentou Alberto Cruz, a RT.
O analista deu estatísticas não governamentais de
pesquisas da Fundação Qatar que assinalam que 55% dos sírios apoiavam ao
Governo de Assad. “O fato de que a maioria da classe media esteja apoiando ao
Governo sírio, obriga a oposição a tomar este tipo de medidas para tentar
acelerar a ingerência externa e que o assunto sírio chegue ao Conselho de Segurança
e haja uma imposição de algumas zonas de voos livre como houve na Líbia ou,
como dizem documentos americanos, ‘uma zona tampão’”, considerou o analista.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
história)
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