O novo Ministro da Educação do Chile, Herald Beyer,
aprovou a decisão do Conselho Nacional de Educação de mudar o termo ‘ditadura’
pelo de ‘regime militar’ em referencia ao período em que Augusto Pinochet
esteve no poder entre 1973 e 1990.
A modificação se concretizou em 9 de dezembro
passado em uma sessão extraordinária do Conselho Nacional de Educação, mas, só foi
divulgado na tarde desta quarta-feira aos meios de comunicação. Na sessão
também se tratou das bases curriculares de outras áreas como Linguagem, Matemática,
Geografia, Ciências Sociais, Inglês e Ciências Naturais.
O Ministro explicou que a mudança se baseia na
ideia de introduzir a definição utilizada em todo o mundo, ou seja, ‘regime
militar’. Beyer enfatizou que a decisão do Conselho foi tomada sem interferência
do Governo.
Também assegurou que se na frente alguém empregar o
termo ‘ditadura’ não vê nenhum inconveniente. “Eu reconheço que foi um Governo ditatorial,
assim, não tenho problemas”, disse.
A oposição do país não está de acordo com esta
decisão. “Isto vai contra o sentido comum, porque todo mundo sabe que no Chile,
durante 17 anos, houve uma ditadura cruel, que oprimiu os direitos humanos”,
comentou a senadora Isabel Allende, filha do presidente Salvador Allende, que
morreu durante o golpe de Estado encabeçado por Pinochet.
Segundo cifras oficiais, durante os dezessete anos
que durou o regime pinochetista mais de 3.200 chilenos morreram nas mãos de
agentes do Estado, dos quais apenas 1200 foram presos e continuam em condições
de desaparecidos, mais de 28.000 foram torturados e sofreram prisões politicas,
e milhões foram exilados.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
historia)
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