Em uma entrevista com o diário russo Kommersant,
publicada nesta quarta-feira, o Secretario do Conselho de Segurança russo,
Nikolai Pátrushev, disse que tinha informações de que os membros da OTAN e
alguns Estados árabes do Golfo Pérsico, atuando de acordo com a linha do cenário
visto na Líbia, têm a intenção de converter a atual interferência nos assuntos
internos da Síria em uma intervenção militar direta.
Pátrushev declarou que, “segundo as últimas
informações, a OTAN e alguns países árabes do Golfo Pérsico atuam a respeito da
Síria tal como o fizeram em relação com a Líbia, tentando transforma a atual ingerência
indireta em seus assuntos internos, em uma intervenção militar direta”.
O Secretario do Conselho de Segurança russo,
declarou que Washington e Ankara já estão pensando em declarar uma zona de
exclusão aérea sobre a Síria, aonde podem concentrar as forças dos insurgentes sírios.
Pátrushev destacou que a Turquia, até a pouco, um país amigo da Síria, agora
rivaliza com Irã pelas esferas de influencia na região e tem enormes ambições.
Deste modo, a Síria passou a ser objeto de atenção de uma nova “coalisão de
interesses”.
Tenta-se castigar não pela repressão a oposição,
mas, pela renuncia de rompimento da relação de aliado com Teerã.
“De fato, as relações entre Síria e o Irã são muito
estreitas. O Ocidente se preocupa que através da Síria se forneça armamento ao
Irã e ao Líbano e, que por este canal, o movimento Hezbollah receba armas. É
uma circunstância muito desagradável para o Ocidente. Desde o inicio, o
Ocidente quer castigar a Síria por ser o único país da região que presta apoio
ao Irã. Não o podem perdoar de haver sido o único país que respaldou a Teerã
durante a guerra entre Irã e Iraque”, terminou dizendo o alto funcionário russo.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
história)
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