quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Pesquisa: Quase 70% dos chilenos opinam que se devem nacionalizar empresas privadas de cobre
Uma pesquisa recente realizada no Chile pelo Centro
de Estudos da Realidade Contemporânea (CERC) indicou que quase 70% dos cidadãos
deste país consideram que as empresas privadas que exploram cobre devem ser
nacionalizadas, informou nesta quarta-feira a imprensa internacional.
A pesquisa indicou que 67% dos chilenos opinam que
as empresas privadas de cobrem devem ser nacionalizadas.
Além disso, afirma que 43% dos cidadãos acreditam
que o governo deve intervir ativamente no conflito que existe entre a Corporação
Estatal de Cobre (CODELC) e a transnacional Anglo Americana, que tem uma ação
por não cumprimento de contrato e que impede a compra de uma das ações de sua
filial local AAS (Anglo América do Sul).
Diante deste resultado, o presidente da
Confederação dos Trabalhadores do Cobre, Cristian Cuevas, expressou que esta
consulta mostra que os chilenos desejam ter a soberania sobre uma de suas
principais riquezas natural, o que ajudaria a resolver grande parte dos
problemas que sofre o país.
Os resultados desta pesquisa foram divulgados logo
depois que os trabalhadores de Codelco, em julho passado, terem realizado uma
paralização geral [greve geral] devido a uma eventual medida de privatização
desta instituição mineira, a maior empresa cuprífera do planeta.
A partir de 11 de julho de 1971, 100% da Grande
Mineraria de Cobre no Chile passou a ser controlado pelo Estado.
No entanto, a desnacionalização promovida logo pela
ditadura de Augusto Pinochet (1971-1990) e aprofundada durante os governos da
Concertação e com a atual administração, conduziu que hoje 70% do cobre do
Chile sejam produzidos por grandes mineradoras privadas.
Por outro lado, a pesquisa mostrou também que a
popularidade do presidente Sebastián Piñera subiu 11% e chegou a 33% logo
depois de experimentar uma grande concentração entre os meses de agosto a dezembro
de 2011.
“O governo do presidente Sebastián Piñera saiu do
buraco em que se encontrava em agosto”, disse o diretor da CERC, Carlos
Huneeus.
Não obstante, a CERC afirma que 64% dos chilenos
acreditam que o governo de Piñera é dos empresários e apenas 23% por cento que
não.
Ademais, a pesquisa mostra que a credibilidade do mandatário
subiu dois pontos desde agosto para 16%. Os que acreditam mais ou menos, no
entanto, subiu de 9% para 25% e os que acreditam pouco caiu de 10 pontos percentuais
e subiu para 57%.
Em outra ordem, pesquisa indicou que 89% dos cidadãos
apoiam o movimento estudantil, que reivindica um sistema de educação pública e
gratuita garantido pelo Estado.
A pesquisa situa também a experiência de Michele
Bachelet com a mais indicada para ser reeleita presidenta da nação com uns 35%
de respaldo.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
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