segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Que mapa do mundo tem em mente os candidatos republicanos da Casa Banca
Em plano inicio das campanhas primarias para presidentes,
em 2012, nos Estados Unidos, a pergunta que surge em todo o mundo é como poderá
influenciar na situação politica internacional a eleição dos americanos.
Um dos pontos ‘calientes’ dentro das relações
internacionais é a relação com a Rússia e se a vitória de um ou outro candidato
pode abrir uma nova era de Guerra Fria entre ambas as potências. Na continuação
RT lhes oferece alguns dos temas presentes na dialética dos aspirantes
republicanos que pelo momento encabeça a corrida eleitoral.
1. Mitt Romney, 25% dos votos em Lowa
2. Rick Santorum, só 8 dos votos amenos que Romney
3.Ron Paul, 21% do restante
I. MITT ROMNEY
Mitt Romney, ex-governador do Estado de
Massachusetts, é um dos candidatos que menos tem em comum com a postura de
Moscou quanto à agenda internacional. Ainda mais: para Romney, Vladimir Putin é
“uma ameaça real contra a estabilidade e a paz no mundo”.
Carreira
armamentista
Em sua época o ex-governador de Massachusetts se
opunha a ratificação do novo tratado START, um acordo bilateral entre Rússia e
os EUA sobre a redução de armas estratégicas nucleares. Segundo ele, “a
aspiração utópica” de abolir as armas nucleares enfraquecia a postura dos EUA
no mundo.
Outra fala do Presidente Obama a respeito do START,
para Romney, foi acordar a redução de armas nucleares “sem receber nada em
troca”. Opina que Obama devia se aproveitar do momento e conseguir o apoio do
Kremlin para as ações de endurecimento contra o Irã.
Escudo
antimíssil americano na Europa
Romney critica a Obama também por ser demasiado ‘suave’
e fazer conceições a Moscou em seu ‘reinicio’ de relações com Rússia. Em
particular, a reprovação tem haver com a modificação do acordo sobre a
implantação do escudo antimíssil americano com os países aliados na Europa
Oriental.
Para a Rússia, o sistema antimíssil americano nas
proximidades de suas fronteiras é uma ameaça a suas forças estratégicas. Há muito
tempo que Moscou solicita a Washington que garanta juridicamente que o escudo
não está dirigido contra a Rússia. EUA por sua parte rechaça dar tais
garantias, porém, insiste em que sua intenção é proteger os territórios de seus
aliados no caso de um ataque por parte do Irã.
Irã
A postura de Romney quanto ao Irã é, provavelmente,
seu maior ponto de controvérsia com Moscou. Se os espertos russos concluem que
o programa nuclear de Teerã tem um carácter puramente pacifico e que o país não
dispõe de misseis nem de médio ou de longo alcance que podem ameaçar a Europa
ou aos EUA. Romney está seguro do contrario, insiste na urgência de bloquear as
ambições nucleares de Teerã.
“Quero paz”, afirma o candidato. Não obstante, sua
visão do que é a paz é batente peculiar: “Se sou presidente começaria impondo sanções
muito mais duras contra o Irã, junto com todo o mundo se podem, mas, de forma independente.
Apoiaria a diplomacia americana como uma opção militar muito real e muito viável.
Restauraria a presença regular de porta-aviões no Mediterrâneo e no Golfo
Persico. Todas estas as ações enviarão uma mensagem muito clara ao Irã de que
EUA e seus aliados jamais permitirão que tenha armas nucleares. Teremos a força
para proteger nossos interesses e proteger a gente que ama a liberdade”.
Síria
Enquanto que Rússia está chamando para se resolver
o conflito da Síria através de negociações, Romney opina que EUA deve usar não
só seus recursos diplomáticos ou econômicos, mas também, os militares “para
ajudar a mover o mundo islâmico até a modernidade e a moderação”. Está contra
da zona de exclusão aérea sobre a Síria, embora seu argumento não se fundamente
num interesse especial pelo povo sírio: opina que não é eficaz já que Damasco
usa tanques e não aviões para reprimir aos manifestantes.
Palestina
O ex-governador de Massachusetts, por sua parte,
insiste, no que diz respeito a Israel, que voltar as fronteiras de 1967 é um
erro, já que isto “não é o que Israel quer”. Tanto EUA quanto a Rússia (junto com
a EU e a ONU) forma parte do Quarteto internacional e estão intermediando o
conflito palestino-israelense. Tem como objetivo tratar que as partes busquem
um compromisso.
II. RICK
SANTORUM
“Não teríamos nenhum aliado na União Soviética. Os únicos
aliados que tínhamos estavam no gulag”, opina o ex-senador Rick Santorum. Seus comentários
sobre a agenda politica internacional atual, tampouco, deixam duvida quanto à
Rússia contemporânea: “De vez em quando se encontram mortos cientistas que
trabalhavam em programas nucleares do Irã. De todo coração, acredito que é algo
maravilhoso. Penso que temos que enviar uma mensagem muito clara: se é um
cientista da Rússia ou da Coreia do Norte e vai participar de um programa
nuclear para fabricar uma bomba para o Irã, não estará salvo”.
Irã
“Teerã não conseguirá uma arma nuclear sobre vigilância”,
acentuou Santorum. O homem que perdeu apenas 8 votos em relação ao favorito das
primarias, Mitt Romney, assegura que se chegar a Casa Banca estaria disposto a
bombardear ao Irã: “Diria aos iranianos: ou abrem essas instalações, começam a desmantela-las
e as abrem para os inspetores, ou destruiremos estas instalações mediante ataques
aéreos”.
Síria
Segundo Santorum, tanto o Irã como a Síria são
exemplo de “regimes islâmicos fascistas”. Assegura que negociar com o islã
radical é um erro.
Palestina
Quanto ao conflito palestino-israelense, Santorum
argumenta que EUA deve estar ombro a ombro com Israel e trabalhar juntos sobre
a melhor solução possível para o Estado judeu.
III. RON
PAUL, um candidato republicano mais democrata do que Barack Obama
O Senador Ron Paul, apelidado de ‘O Doutor Não’, é
famoso por sua postura política de ‘não intervenção’. É o único dos candidatos
republicanos que opina que EUA deve tomar em consideração as lições dos 44 anos
de Guerra Fria “com bilhões de mísseis dirigidos contra nosso país” e que
também deve pensar com cuidado qualquer ação que o país empreenda na arena
internacional.
Escudo antimísseis
americano na Europa
Quanto ao problema da implementação do escudo
antimísseis americanos na Europa, observa que, os EUA devem fechar suas bases
militares, tanto europeias como na Coreia do Sul e Japão, e fazer voltar às
respectivas tropas para casa.
Coincide com a Rússia que o sistema é uma medida desnecessária.
Segundo ele, “hoje em dia no mundo não existe nada que possa nos atacar. Poderíamos
defender nossos territórios com apenas quatro bons submarinos. Qualquer que
seja o país que se atreva a atacar, o apagaríamos da face da terra em algumas
horas”.
Irã
Paul admite que Israel tem todo o direito de bombardear ao Irã e faze-lo
sem a aprovação dos EUA. Sua convicção firme é que qualquer Estado tem o
direito a realizar todo tipo de ação que considere necessária caso veja ameado
sua segurança.
Ao mesmo tempo, foi um dos 12 congressistas que
votaram contra a iniciativa do Governo democrata de Barack Obama de por sacões
contra o Irã. Segundo Paul, “é um passo muito perigoso e muito mal pensado, literalmente,
um ato bélico”. Acentuou que as sanções, em primeiro lugar, trazem danos aos
interesses econômicos do mesmo EUA: “Se Rússia e China negociam com Teerã, isto
significa que nós devemos deixar de comercializar com eles. Podem imaginar algo
mais caótico, com nossas circunstancias atuais, que uma guerra comercial com
China?”.
Paul precisa que a propaganda de hoje acerca de
Teerã é a mesma que se ouvi antes que os EUA interviessem no Iraque. “Temos
posto o país de cabeça para baixo. Centenas de pessoas feridas e assassinadas.
Para termos encontrado alguns da Al Qaeda ali? Não. Nem armas de destruição
massiva. Temos devolvido o poder aos xiitas que são aliados do Irã (…). Não tem
provas definitivas alguma, nem por parte de nossa CIA tampouco, de que Teerã
realmente esteja desenvolvendo armas nucleares. Estou seguro de que gostaria de
fazer. Po quê não? Seria lógico. Todo o seu arredor o tem e estão ameaçando e
intimidando”, disse. EUA não atacou a Rússia, a Coreia do Norte, a China, a Índia
ou o Paquistão quando estes desenvolveram armas nucleares, sublinhou, e não vê
porque o Irã deva ser uma exceção.
Síria
EUA não pode se dar ao luxo de ser a polícia do
mundo porque acabará em ruina, e insiste: “Não necessitamos de uma guerra a
mais, nem no Irã e nem na Síria”. “O que estamos fazendo é tentar dominar o
mundo que tem recursos naturais para conseguir controle sobre o petróleo. Este
ideal nos leva de volta a época da colonização”, acentuou.
Palestina
Paul opina que Israel é amigo dos EUA, porém, não é
assunto dos EUA dizer ao Estado judio como deve resolver seus assuntos. Por
outra parte, condena a política americana ao bloqueio da Faixa de Gaza por
parte de Israel.
Coincide com Moscou, acrescentando: “Seja o que for,
Hamas é um Governo eleito. Temos milhões de soldados pelo mundo todo que morrem
para lança a mensagem de que queremos eleições e queremos democracia, porém, quando
temos na palestina e em suas cidades cidadãos que elegem ao Hamás, de repente
os dizemos: ‘Eh! Elegeram as pessoas erradas”.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
história)
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