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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Revelam complô do CCG para desmantelar missão observadora na Síria


As monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) Pérsico poderiam cancelar, em pleno, sua observação na Síria, imitando os passos sauditas, para desmantelar uma missão cujos informes desencorajam com a postura antissíria do bloco.

O jornal kuwaití Qabas publicou hoje um artigo no qual citou fontes diplomáticas que não identificou, segundo as quais, os Estados árabes do Golfo já anunciaram sua retirada do equipo observador da Liga Árabe que eles mesmos pressionaram para que a Síria aceitasse.

De acordo com a informação, os monarcas das seis nações do CCG adotaram a postura anunciada no domingo passado no Cairo pelo ministro de Relações Exteriores de Arábia Saudita, príncipe Saud Faisal, de que seu país abandonava esse destacamento de observadores.

O argumento de Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Bahrein seria -segundo a fonte- que não desejam que seus monitores "sejam falsas testemunhas de crimes cometidos contra civis", supostamente pelas forças de segurança de Damasco.

Riad expôs a visão do reino wahabita no sentido de que supostamente o governo do presidente sírio, Bashar Assad, tinha rompido suas promessas de respaldar e executar totalmente uma iniciativa de paz árabe, muito alinhada a pressões dos Estados Unidos e Europa.

Ainda que a liga Árabe pronunciou-se por estender em um mês mais o trabalho dos supervisores de 16 países despregados em 20 cidades sírias, a missão está em suspenso devido ao severo golpe que constitui a saída de seis países influentes e com grande poderio econômico.

Inclusive, se se decidisse ampliar o monitoramento que agora fazem 165 especialistas, a redução de pessoal limitaria verificar a redução da violência, o diálogo nacional, retirada de tropas das cidades, libertação de detentos e outros pontos do plano árabe.

O chefe da missão observadora, o general sudanês Mohammed Ahmed Mustafa Dabi, afirmou ontem no Cairo que o governo sírio tem cumprido parcialmente seus compromissos para a paz, e admitiu que seu relatório contradizia a percepção apocalíptica dos chanceleres.

Os titulares de Exteriores adotaram uma dura resolução contra o Executivo de Bashar Assad, urgindo-o a abandonar o poder e criar em um prazo de 60 dias um gabinete de unidade com a oposição armada, depois do qual deveria convocar a eleições em cinco meses.

Dabi, apesar de suas críticas, destacou que na Síria "desceu significativamente" a violência, se constataram 136 mortes, foram libertos milhares de presos e operam ao menos 36 repórteres estrangeiros.

Ademais, o oficial sudanês afirmou que em muitos casos os informes de mortos "foram fabricados" e disse ter constatado que "desde a chegada da missão a Síria (26 de dezembro), todo o armamento pesado e veículos de combate foram retirados das cidades".

Fonte:

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