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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Trabalhadores no estrangeiro: é ganhar ou perder a vida? (+ Vídeo)

Hoje em dia os migrantes trabalhadores são uma das categorias sociais mais vulneráveis de todo o mundo. Em sua maioria resultam completamente indefesos em seu novo país anfitrião: não lhes correspondem nem benefícios sociais nem proteção legais em caso de sofrer abusos.

Milhares de cidadãos da Índia, um país enorme, mas, com um nível de vida muito baixo para a maioria de seus moradores, também pertencem, igualmente, aqueles que partem para o exterior em busca de um trabalho bem pago e uma vida melhor. Porém, pouquíssimos encontram, a maioria se enfrenta com enganos e desaparecem em busca de seus sonhos.  

Renjina Ansar não tem visto a sua mãe desde que se mudou para o Golfo Pérsico para obter um trabalho supostamente bem pago: “Ela nos chamou uma manhã, faz sete anos, e estava chorando. Desde então não sabemos nada dela. Desapareceu e não temos nenhuma informação”.

É a elevada taxa de desemprego que empurra aos 2,3 milhões de indianos a buscarem trabalhos no estrangeiro. Muhammad Ashraf Haji é um dos que partiram para o Golfo. Depois de 3 anos e meio, Muhammad de novo está na Índia para renovar seu visto e voltar para o estrangeiro. Afirma que no Golfo pode ganhar o dobro do que ganha em casa: “Estamos interessados em ir ao estrangeiro porque não temos bastantes oportunidades nem benefícios para  trabalhar na Índia. Cada dia nossos gastos disparam e não temos suficiente dinheiro, por isso, nós vamos ao Golfo para viver melhor”.

O sonho de trabalhar no Golfo provocou o aparecimento de numerosas agências que ajudam aos migrantes a preparar os documentos necessários. Os solicitantes fazem uma longa fila desde as primeiras horas da manhã para ter seus passaportes e vistos. O custo do trâmite pode chegar até aos 5.000 dólares. É aqui onde começa os verdadeiros problemas. Para pagar os bilhetes e os altos preços das agências, muitos migrantes pedem empréstimos a seus futuros empregadores. Uma vez chegado ao ponto de destino recebem um salário mais baixo do que o prometido e estão endividados.

Enquanto alguns tratam de pagar suas dívidas e começar a ganhar dinheiro, outros se escondem porque tentam escapar do abuso dos empregadores e temem ser descobertos pelas autoridades e ser deportados uma vez que expirem seus vistos. Muito vezes isso leva a consequências trágicas. Noor Jehan, cuja irmã também desapareceu por esta razão, detalha: “Tínhamos muitas dificuldades e ainda temos. Quando desapareceu, tinha filhas. Isso é uma grande responsabilidade. Eu também tenho filhos. Todas as meninas eram muito pequenas quando ela escapou e agora não a recordam mais”.  

Segundo dados oficiais, só os residentes do Estado indiano de Kerala, que têm parentes trabalhando no exterior, recebem deles uns 7.000 bilhões de dólares americanos por dia. Mas há outra realidade, a realidade das milhões de pessoas que desapareceram depois de abandonar seus lugares para ganhar a vida e que não se tem mais noticias delas.




 

Fonte:


Tradução:

Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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