Por sua vez, Estados Unidos, que segundo o analista, é o impulsionador destas medidas contra o Irã, “não vai perder nada”, porque não depende do petróleo da República Islâmica e não o importa há uns 30 anos.
No final de novembro passado, EUA, Canadá e Grã Bretanha aprovaram sanções unilaterais contra o setor financeiro e energético da economia iraniana. Por sua vez, em 23 de janeiro, a União Europeia aprovou o embargo do petróleo persa que entrará em vigor a partir de 1 de julho.
Segundo Rekondo, a Europa adiou a introdução do embargo para que os países da união, mais dependentes dos Hidrocarburos iranianos, possam buscar a outros provedores de petróleo.
Irã ‘contra-ataca’
Não obstante, nesta quinta-feira, Teerã fez um movimento imprevisto declarando que poderia cortar o fornecimento de petróleo aos países europeus já a partir da próxima semana. O analista assinala que esta declaração mostra que a República Islâmica “está disposta a responder diplomaticamente a medidas contra o interesse da soberania nacional iraniana”.
Se o Irã cumprir sua promessa, os Estados europeus como Grécia, Espanha e Itália, cujas importações de petróleo dependem em cerca de 14% do petróleo iraniano, segundo Rekondo, se verão em uma situação muito difícil, já que não lhes dará tempo a encontrar uma alternativa ao petróleo persa.
Quem poderia substituir o petróleo iraniano?
O analista assinala que a UE busca provedores no Golfo Pérsico, assim como, em Nigéria e Noruega e, inclusive, não descarta o uso do petróleo líbio, possibilidade que “se mostra bastante longe da realidade”, segundo Rekondo. O Analista sustentou que, isso, até quanto à petro-monarquias do Golfo Pérsico puderem aumentar a produção, não tem que esquecer que tem contratos em vigor com outras partes do mundo, sobretudo, com os estados da Ásia. O mesmo ocorre com a Nigéria e Noruega.
Quanto à Líbia, onde a situação “está longe de ser normal”, a extração de petróleo (com a qual “evidentemente suspiraram os países, como a Itália”) pode acarretar dificuldades.
Rekondo não duvida de que a situação atual levará a um aumento iminente dos preços do petróleo, o que, por sua vez, “vai gerar uma maior incerteza nas economias da UE e mais danos do que hoje em dia”.
Irã seguirá a flutuar
O cessar do fornecimento de petróleo aos países europeus irá, em curto prazo, reduzir a economia iraniana, opina o analista. Não obstante, aponta que tem que se ter em conta que a maior parte das exportações de petróleo do Irã é para outros estados, com China, a Índia, Correa do Sul e Japão. E os Governos da China e da Índia já solicitaram ao Irã maiores volumes de petróleo para seus respectivos países, pelo que parece, é pouco provável que o bloqueio possa supor um grande dano para as finanças da Republica Islâmica.
Fonte: http://actualidad.rt.com/actualidad/internacional/issue_35415.html
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
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