A presidenta da Argentina, Cristina Fernández,
declarou nesta terça-feira que o país sul-americano denunciará a Inglaterra na
Organização das Nações Unidas (ONU) pela “militarização” das Ilhas Malvinas.
Fernández adiantou que desclassificará um informe de
secreto sobre o papel da ditadura militar (1976-1983), durante a guerra pela
soberania do disputado arquipélago, informou EFE.
Estão militarizando o Atlântico Sul uma vez mais.
Não podemos interpretar de outra maneira o envio de um destruidor, imenso e moderníssimo,
acompanhado do herdeiro real, que nos gostaríamos de vê-lo com roupa civil e
não com uniforme militar, asseverou a mandataria argentina.
Em um discurso divulgado pela cadeia de televisão
nacional, a máxima autoridade da nação Sul Americana informou que tem
encarregado a chancelaria argentina, Héctor Timerman, para apresentar queixa
formal no Conselho de Segurança, do qual faz parte a Inglaterra, e também na
Assembleia das Nações Unidas.
Fernández, ao criticar a atuação do Conselho de
Segurança sobre a solução dos conflitos em outros países do mundo, disse que as
crises tornam-se imanejáveis e incontroláveis, no entanto, as potências que tem
o poder neste ente internacional, em lugar de solucioná-lo, tendem a aprofundá-los.
Dirigindo-se ao primeiro ministro inglês, David
Cameron, lhe disse que optará por uma via diplomática para tratar o caso das
Malvinas, em lugar de buscar a guerra.
Em meio das tensões entre Londres e Buenos Aires
pela soberania do arquipélago, Grã Bretanha enviou seu destruidor “HMS
Dauntless”, com a capacidade de lançar misseis antiaéreo de tecnologia de Sea
Viper, para as costas das Malvinas.
Além disso, o príncipe William, membro das Forças
Armadas britânicas, chego quinta-feira passada as Malvinas para receber
treinamentos como copiloto de helicópteros de resgates.
A Assembleia Geral da ONU tem pedido em sua
resolução número 2065 e em outras nove resoluções subsequentes para que a Inglaterra
e a Argentina negociem sobre as Malvinas. No entanto, o governo de Londres tem
feito caso omisso a esta petição das Nações Unidas.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
Nenhum comentário:
Postar um comentário