quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Coréia Democrática questiona vontade de diálogo da Coreia do Sul
A República Popular Democrática da Coreia urgiu
hoje a Coreia do Sul a responder em termos claros um questionário sobre os
vínculos bilaterais como prova da vontade de Seul para dialogar e melhorar as
relações.
O
Departamento de Política do Comitê de Defesa Nacional divulgou uma ata de
interpelação dirigida às autoridades sul-coreanas como resposta ao desejo
expressado por essas últimas de retomar as conversas.
A RPDC pergunta se a outra parte está disposta a
pedir desculpas por sua atitude durante o duelo nacional depois do recente
falecimento do ex-líder norte-coreano Kim Jong Il, de acordo com o documento
difundido pela agência de notícias KCNA.
Pretende saber se Seul pode prometer publicamente
que deixará de caluniar este país pelo naufrágio da corveta Cheonan (março
2010) e o incidente na ilha Yeonpyeong, em novembro do mesmo ano.
Pergunta se pode expressar a vontade de implementar
cabalmente a Declaração de 15 de Junho (2000) e a de 4 de Outubro (2007),
resultados das reuniões de cúpula intercoreanas.
A parte norte está também interessada em saber se a
Coreia do Sul pode tomar a decisão política de suspender os exercícios
militares conjuntos de grande envergadura contra a RPDC e se está disposta a
proceder às ações para a desnuclearização da península, abandonando seu errôneo
critério sobre o tema, e trabalhar por esse objetivo.
O documento faz referência também a se existe a
vontade de retomar a cooperação e o intercâmbio norte-sul orientado com
sinceridade para fomentar a paz, prosperidade e benefícios comuns para a nação.
As relações intercoreanas entraram em uma etapa de
maior tensão depois do incidente de 23 de novembro de 2010, quando forças da
Coreia do Sul dispararam contra águas jurisdicionalmente da outra parte, que
respondeu a essa ação.
Pyongyang qualificou o sucedido como uma provocação
instigada pelos Estados Unidos e sua reação como um ato de defesa.
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