quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Indígenas bolivianos mantêm vigília por construção de estrada
A marcha do Conselho Indígena do
Sul (Conisur por sua sigla em espanhol) entrará hoje aqui em seu segundo dia de
vigília, esperando negociações com a intenção de abolir uma lei e construir uma
estrada em sua região.
Os dirigentes do Conisur querem
forçar, com essa medida, os líderes da Confederação Indígena da Bolívia (Cidob)
a um diálogo sobre a lei Curta 180, a qual declara a intangibilidade do
Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis).
O cacique maior do Conisur,
Gumercindo Pradel, advertiu que não se moverá de La Paz enquanto não conseguir
a anulação da referida Lei Curta e para consegui-lo, primeiro deve convencer os
líderes da Cidob.
Pradel prometeu não ir com as mãos
vazias e adiantou que a vigília será o marco para esperar aos dirigentes da
Cidob, que estão até agora relutantes a sentar à mesa de negociações.
A construção da estrada, segundo
Pradel, trará desenvolvimento às comunidades que vivem no parque, e advertiu
que não afetará o ecosistema, pois assim como em muitos países do mundo onde
existem vias que atravessam reservas, o meioambiente e a natureza estão
protegidos.
A marcha do Conisur, formada por
umas quatro mil pessoas, chegou a esta capital na passada segunda-feira, depois
de 44 jornadas de caminhada desde a localidade de Isinuta, no trópico de
Cochabamba.
Nesta segunda-feira, seus
dirigentes foram recebidos pelo presidente Evo Morales, e na terça-feira
dialogaram com as titulares das câmaras de Senadores e de Deputados.
Morales visitou-os ontem no
Coliseo da cidade e prometeu que não voltariam com as mãos vazias, porque tinha
dado instruções a seus ministros de analisar a cada uma de suas demandas e
atender as mais importantes.
No entanto, o chefe de Estado
advertiu que o assunto da estrada tem que ser resolvido pelos líderes de ambas
organizações indígenas, ainda que recordou que o investimento para a construção
estava garantido.
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