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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Militares dos EUA são chamados a se preparar para uma guerra com o Irã

Os Estados Unidos deve estabelecer navios e agudizar sua retórica para fazer mais fiável sua ameaça de recorre ao uso da força no Irã e conseguir que Teerã congele seu programa nuclear. Essa é a conclusão incorporada num informe que um grupo de militares americanos vai apresentar, oficialmente, nesta quarta-feira.

A apresentação deste documento coincide com o informe do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), cuja delegação acaba de visitar as instalações do programa nuclear iraniano. “Tem sido uma boa viagem”, disse Herman Naeckerts, porta-voz da delegação, comentando que o Governo iraniano está disposto a colaborar para dissipar as suspeitas sobre os alegados objetivos militares de seu plano.

Contudo, o reporte da OIEA não parece ter convencido aos membros do Bipartisan Policy Center, uma organização que une a ex-oficiais, agentes de inteligência e militares tanto republicanos como democratas e independentes. Em seu próprio relatório, eles “pararam” a um passo da chamada ações militares abertas contra o Irã, mas, asseguram que não permitir o desenvolvimento de armas nucleares no país islâmico é a tarefa mais importe da política exterior do EUA.

Suas propostas para a Administração do presidente Obama são muito concretas:

- Ativar as operações da inteligência no Irã.
- Dirigir mais porta-aviões e detectores de minas para a região do Estreito de Ormuz, a via por onde circula até 40% do petróleo mundial.
- Realizar várias manobras militares de escala junto com os aliados.
- Por em estado de alerta equipamento, recursos e matérias que podem ser necessárias para uma guerra com o Irã.
- Participar com a Arábia Saudita e outros países, leais ao EUA, para criar algumas vias alternativas para fornecimento de petróleo ao mercado mundial, evitando o Estreito de Ormuz, que o Irã se comprometeu a fechar em resposta contra as sanções.
- Fortalecer com abastecimento de armamento o potencial de combate dos Estados Árabes leais a EUA.

Os autores do documento advertem que uma campanha militar a grande escala não é a melhor solução. Segundo eles, é preferível realizar uma operação relâmpago do ar, no cabo de alguns dias, acompanhada por assaltos seletivos com forças especiais contra objetivos estratégico tanto militar como nucleares.

O Bipartisan Policy Center insiste que uma operação militar seria a única alternativa se o embargo petroleiro não ajudará. Sobre este governo, os militares supõem não apenas bloquear as exportações de petróleo iraniano, senão, também, impossibilitar que Teerã importe produtos de petróleo leve. A pesar de importantes reservas de petróleo, o país islâmico sofre um déficit de combustível de produção própria por causa da pouca capacidade processadora de sua indústria.

“EUA deve deixar muito claro que o Irã deve escolher: ou abando seu programa nuclear através de negociações ou terá seu programa destruído, militarmente, por parte dos EUA ou de Israel”, sustenta o documento intitulado de ‘'Meeting the challenge: stopping the clock’ (Responder ao desafio: parar o relógio).

Grande parte da comunidade internacional, com os EUA a cabeça, acusa o governo iraniano de ocultar sob seu programa civil outro de natureza militar, cujo objetivo seria produzir bombas atômicas. Com o fim de obrigar a Teerã a abandona o programa, os EUA e a União Europeia introduziram um pacote de sanções econômicas, incluindo o embarco contra as exportações iranianas de petróleo bruto.

Por outra parte, os EUA, o Reino Unido e a França seguem fortalecendo sua presença militar na região. Os EUA levaram centenas de bombas, destinadas a destruir bunkers subterrâneos, para sua base na ilha britânica Diego Garcia, no Oceano Indico. Tem, ademais, aproximadamente, 15.000 efetivos estabelecidos, só no Kuwait, e planeja aumentar este número para 40.000.

No Estreito de Ormuz e em suas proximidades, atualmente, está presente uma frota, encabeçada pelo porta-avião americano de propulsão nuclear USS Abraham Lincoln, o porta-avião francês Charles de Gaulle e dois buques de guerra britânicos. Também na região do Golfo Pérsico está presente outro grupo de navios de guerra, liderado pelo porta-avião Carl Vinson. Espera-se que mais tarde, também, cheguem à região o porta-aviões americano Enterprise, o submarino nuclear USS Annapolis e o destruidor USS Momsen, os dois últimos equipados com sistemas de lançamento de misseis de cruzeiro Tomahawk.

Mike Kafka, porta-voz das Forças Armadas da Marinha americana, confirmou o plano de instalar uma grande base naval em um velho buque de guerra “Ponce”, que poderia situa-se no Golfo Pérsico. Servirá para albergar barcos pequenos de alta velocidade e helicópteros.

O Irã, por sua vez, afirma que seus esforços têm como único objetivo o uso pacífico da tecnologia nuclear para abastecer aos cidadãos com energia, entre outros fins, e insiste em sua disposição esclarecer diante da ONU os detalhes do programa para provar seu caráter não militar.

Fonte: http://actualidad.rt.com/actualidad/internacional/issue_35612.html

Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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