Por Prensa Latina
A Síria denunciou hoje ser parcializada a decisão do
presidente da Assembleia Geral da ONU, Nassir Abdulaziz Al-Nasser (Catar), de
convocar o máximo órgão das Nações Unidas para tratar a crise síria.
O embaixador de Damasco perante a ONU, Bashar
Jaafari, acusou o presidente desse corpo de violar os procedimentos
estabelecidos e solicitou a opinião de especialistas legais independentes e do
próprio organismo mundial sobre a legalidade da citação.
A reunião foi anunciada na sexta-feira passada para
tratar sobre um relatório aprovado no dia 2 de dezembro do ano passado pelo
Conselho de Direitos Humanos (CDH).
Segundo o representante sírio, as regras vigentes
dispõem que esse documento seja discutido primeiro pela Terceira Comissão da
Assembleia Geral e depois pelo plenário que agrupa os 193 Estados membros da
ONU.
Esta convocação representa uma clara violação dos
acordos da Assembleia Geral e, portanto, é ilegal, afirmou Jaafar em sua
crítica contra a atuação de Al-Nasser.
Não podemos nos reunir no seio da mais democrática
instituição do mundo através da manipulação de procedimentos em busca de
objetivos políticos, agregou.
A postura do embaixador sírio foi respaldada pelas
delegações do Irã e da República Popular Democrática da Coreia.
Não obstante, o presidente da Assembleia Geral
decidiu abrir a sessão e iniciar as discussões com uma intervenção da Alta Comissionada
da ONU para os Direitos Humanos, Navy Pillay.
Na semana passada, a alta comissionada lançou
fortes ataques contra o governo da Síria e chamou os países a suspender os
laços políticos com suas autoridades.
O relatório do CDH que a Assembleia Geral discute
responsabiliza exclusivamente as autoridades sírias de um numeroso grupo de
violações dos direitos humanos, sem mencionar os grupos armados que tentam
derrubar o governo.
Modificado el ( lunes, 13 de febrero de 2012 )
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