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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Trilha Sonora do Filme Deus e o Diabo na Terra do Sol [+ Letras e Vídeo Único com Todos os Áudios]

O povo na luta faz história disponibiliza as leitoras e leitores do blog a Trilha Sonora do Filme “Deus e o diabo na terra do sol”, cenográfica “brasileiro de 1964, do gênero drama, dirigido por Glauber Rocha”.

A sinopse resumida do filme, a partir das informações de wikipedia, diz que:

“O Sertanejo Manoel e sua mulher Rosa levam uma vida sofrida no interior do país, uma terra desolada e marcada pela seca. No entanto, Manoel tem um plano: usar o lucro obtido na partilha do gado com o coronel para comprar um pedaço de terra. Quando leva o gado para a cidade, alguns animais morrem no percurso. Chegado o momento da partilha, o coronel diz que não vai dar nada ao sertanejo, porque o gado que morreu era dele, ao passo que o que chegou vivo era seu. Manoel se irrita, mata o coronel e foge para casa. Ele e sua esposa resolvem ir embora, deixando tudo para trás.

Manoel decide juntar-se a um grupo religioso liderado por um santo (Sebastião) que lutava contra os grandes latifundiários e em busca do paraíso após a morte. Os latifundiários decidem contratar Antônio das Mortes para perseguir e matar o grupo”.


 01 – Abertura

Vou contar uma história na veia da imaginação
abrandem os seus olhos pra enxergar com atenção
É coisa de Deus e o Diabo
lá nos confins do sertão.

02 - Manuel e Rosa

Manuel e rosa
Vivia no sertão
Trabalhando a terra
Com as própria mão
Até que um dia -pelo sim pelo não-
Entrou na vida deles
O santo Sebastião
Trazia a bondade nos olhos
Jesus Cristo no coração

03 – Sebastião

Sebastião nasceu do fogo
No mês de fevereiro
Anunciando que a desgraça
Ía queimar o mundo inteiro
Mas que ele podia salvar
Quem seguisse os passos dele
Que era santo e milagreiro
Que era santo
Que era santo
Que era santo e milagreiro

04 - Discurso de Sebastião

"Foi Dom Pedro Álvares que descobriu o Brasil
E fez a escada de pedra e de sangue
Esse caminho do Monde Santo
É pra levar até o céu o corpo e alma dos inocentes.

O povo, o reino com mais de cem lugar
Dizendo que o "mund´ia" acabar nesta seca
Com fogo saindo das pedra
Os prefeito, as autoridade e os fazendeiro
Disseram que eu estava mentindo e que o sol era culpado da desgraça
Mas o ano passado, eu disse que ia secar cem dia e ficou cem dia sem "chuvê". Agora eu digo, No outro lado de lá deste monte santo exeiste uma terra onde tudo é verde,
Os cavalo comendo as flor, e os menino bebendo leite nas água do rio.
Os home come o pão feito de pedra e poeira da terra vira farinha,
Tem água e comida, tem a fartura do céu e todo o dia quando o sol nasce aparece Jesus Cristo E Virgem Maria, São jorge e meu santo Sebastião todo incravado de flecha no peito.

É preciso mostrá aos donos da terra o poder e a força do santo. Eles tiraram dom pedro do Trono e agora querem matar quem ama o imperador mas quem quiser alcançar a salvação fica Aqui comigo de hoje em diante até o dia em que aparecer no sol o sinal de Deus. Vão descer Cem anjos com as espadas de fogo ansiando o dia da partida e abrindo os caminhos nas Veredas do sertão e o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão. O homem não pode ser Escravo do homem, o homem tem de deixar as terra que não é dele e buscar as terra verde do ceu
Ele é pobre, vai ficar rico do lado de Deus e quem é rico vai ficar pobre nas profunda do Inferno e nóis não vai ficá sozinho porque meu irmão Jesus Cristo mandou um anjo guerreiro Com sua lança pra cortá a cabeça do inimigo."

- To condenado mas tenho coragem, entrego minha força ao meu santo pra eu libertar o meu povo.

- Louvado seja nosso senhor Jesus Cristo!

05 - A Mãe

Meu filho, tua mãe morreu
Num foi da morte de Deus
Foi de briga no sertão, meu filho
Dos tiro que o jagunço deu (3x)

06 - Antonio das Mortes

Jurando em dez estrelas
Sem santo Padroeiro
Antonio das mortes
Matador de cangaceiro
Matador de cangaceiro!
Matador, matador
Matador de cangaceiro!

07 – Corisco

Da morte do monte Santo
Sobrou Manuel Vaqueiro
Por piedade de Antonio
Matador de cangaceiro

A estória continua
Preste lá mais atenção
Andou Manuel e Rosa
Pelas veredas do sertão
Até que um dia -pelo sim pelo não-
Entrou na vida deles
Corisco, o diabo de Lampião

08 – Lampião

Lampião e Maria Bonita
Pensava que nunca
Que nunca morria
Morreram na boca da noite
Maria Bonita
Ao romper do dia

09 - São Jorge

Andando com remorso
Sem santo Padroeiro
Volta Antonio das Mortes
Vem procurando noite e dia
Corisco de São Jorge
Vem procurando noite e dia
Corisco de São Jorge
Vem procurando noite e dia
Corisco de São Jorge
Corisco de São Jorge
Corisco de São Jorge

10 – Monólogo

- Aquela paz a gente só encontra na morte, no céu cercado de anjo.
- Me escuta, Cristino, quem morre acaba. Foi Antonio mesmo que mandou lhe dizer que a sua cabeça ia rolar no chão.
- Meu "padin" Padre Cícero fechou tudo isso aqui. Espero Antônio das Morte, quero me topá com ele de homem pra homem, de Deus pra Diabo. É o Capitão Corisco enfrantado o Dragão da riqueza. Se eu morrer nasce outro que nunca pode morrer, São Jorge, santo do povo
- Eu morro pelo senhô capitão. É tudo a mesma coisa, Sebastião e Virgulino...
- Quer saber de uma coisa, aquele beato não valia nada.
- Não blasfema, meu capitão, não blasfema!
- Meu padin era maior que o seu Lampião.
- Não mistura Sebastião com Virgulino, não mistura senão eu lhe mato.
- Se o senho tem algo maior a dizer pode contar que não tenho medo.
- A gente saiu derrotado do raso da catarina, eu trazia Virgulino nas costa. Ezequiel, Lili, Antônio, seus irmãos morreram, Virgulino, de sua raça só tem você vivo.
- Os menino tão sozinho com a alma penando, quebrei tudo e não nasceu nada.
- Nem vai nascer, depois de matar a gente se mata. A paz só existe na morte. Duvido de morte, Cristino, duvido de morte, Cristino. Aí cortamo o dia e a noite, quando de longe apareceu Sebastião, sozinho e com fome, tinha deixado os pai no Ceará e fazia a mesma penitência de nosso senhor Jesus Cristo. Meteu a mão na frente e foi dá socorro à Lampião, cuidava da ferida e mandou Virgulino deixá o cangaço pra não morrer. Virgulino não teve medo e invocou o padinho padre cicero. SAbe o que Sebastião respondeu? Que padinho cicero é inimigo de Deus, que Deus era ele e ai quis tirar as arma de Lampião e botá uma cruz no lugar. Te arrespeita santo safado. Lampião bateu, cuspiu, chutou a cara dele. Homem nessa terra só tem validade quando pega nas armas pra mudar o destino. Não é com rosário não, satanás, é no rifle, no punhal. Tenho medo de viver sonhando com a luz de bala que joguei em cima do ponto ruim, tenho medo do inferno e das alma penada que cortei com meu punhal, tenho medo de ficar triste e sozinho com meu gado berrando pro sol. Tenho medo, Cristino, tenho medo da escuridão da morte.

11 - A Procura

Procurou pelo sertão
Todo o mês de fevereiro
O Dragão da Maldade
Contra o santo Guerreiro
Procura Antonio das Mortes
Procura Antonio das Mortes
Todo o mês de fevereiro
Procura Antonio das Mortes
Procura Antonio das Mortes
Todo o mês de fevereiro

12 - Reza de Corisco

Eu, José, com a espada de Abraão não serei coberto
Eu, José, com o leite da virgem Maria serei borrifado
Eu, José, com o sangue de Cristo serei batizado
Eu, José, na arca de Noé serei guardado
Eu, José, com a chave de São Pedro serei fechado
onde não me possam ver e ferir, nem matar
nem o sangue do meu corpo tirar.

13 - Perseguição + Sertão Vai Virar Mar

Se entrega Corisco!
Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho pra viver lá na prisão
Se entrega Corisco, eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte de parabelo na mão
Se entrega Corisco (se entrega Corisco)
Eu não me entrego não! Eu não me entrego não
Eu não me entrego não

Se entrega Corisco!
Eu não me entrego não
Eu não sou passarinho Pra viver lá na prisão
Se entrega Corisco eu não me entrego não
Não me entrego ao tenente
Não me entrego ao capitão
Eu me entrego só na morte de parabelo na mão
Se entrega Corisco (se entrega Corisco)
Eu não me entrego não! Eu não me entrego não
Eu não me entrego não

Farrea, farrea povo
Farrea até o sol raiar
Mataram Corisco
Balearam Dadá (bis…)

O sertão vai virá mar
E o mar virá sertão (bis)

Tá contada a minha estória
Verdade e imaginação
Espero que o sinhô
Tenha tirado uma lição
Que assim mal dividido
Esse mundo anda errado
Que a terra é do homem
Num é de Deus nem do Diabo (bis)


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