O embaixador da Venezuela na Organização das Nações
Unidas (ONU), Jorge Valero, reintegrou quarta-feira a posição contra a ingerência
estrangeira na Síria e afirmou que o projeto de Resolução A66-E36, aprovado
pelo organismo, viola a soberania desse país e põe em perigo a todos seus
habitantes porque permite a invasão.
Durante o debate na Assembleia Geral da ONU, Valero
reintegrou a denuncia do Estado venezuelano pela ingerência dos países
imperialistas na Síria, e sustentou que com a resolução que nesta quarta-feira
debateu o organismo, se incrementaria a insegurança e a violência neste país
árabe.
O representante sustentou que “as potências
imperialista querem que siga fazendo violência e derramamento de sangue na
Síria” e advertiu que o objetivo é repetir “o mesmo roteiro perpetrado contra a
Líbia”, no qual faleceram mais de 50 mil pessoas nas mãos de um golpe de Estado
contra Muammar Al Gaddafi que durou mais de seis meses.
Neste sentido, condenou que o que se quer fazer é “por
uma cortina de fumaça” e, assim, “promover uma guerra a grande escala” da qual no
final apenas se beneficiaram as potências.
“A resolução que temos em frente viola a soberania
e se esta resolução for aprovada, então, será usada pelos meios de comunicação
para justificar uma intervenção estrangeira na Síria”, expressou.
Também disse que “esta resolução ataca ao Governo
sírio”, posto que, embora, invoque aos Direitos Humanos, também, esconde as
violações já perpetradas pelos grupos terroristas denunciados pelas
autoridades.
“O projeto ignora os chamados que faz o Governo
(presidido por Bashar Al Assad) para um referendo de uma nova constituição que
busca um sistema político baseado no pluralismo político, no qual o poder seja outorgado
por eleições populares”, acrescentou.
Valera insistiu em que Venezuela reconhece e apoia
os lavores empreendidos por Rússia e China para prevenir o uso da violência contra
a Síria e promover o diálogo de todas as partes com o objetivo de encontrar uma
solução diplomática ao conflito que já leva 11 meses.
“Esta Assembleia está discutindo a possibilidade de
invadir um país soberano, mas, deveria considerar o Estado palestino ou a
suspensão que os Estados Unidos deve fazer ao bloqueio contra o Estado soberano
de Cuba. Por estas razões, Venezuela vota contra ao projeto de resolução
A66-E36”, concluiu.
Fonte:
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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