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quarta-feira, 28 de março de 2012

Argentina enfrentará guerra comercial com civilidade e legalidade

O governo argentino se prepara hoje para abordar com a maior civilidade e legalidade possível a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, ao suspender esta nação latino-americana como beneficiária do Sistema Generalizado de Preferências (SGP).

A postura foi fixada ontem à noite aqui pela presidenta Cristina Fernández, que destacou que em momentos como os vividos atualmente pela economia mundial "começam pequenas guerras ou guerrilhas comerciais".

São problemas quotidianos que se dão em todo gerenciamento, sustentou a chefa de Estado e recordou que a Argentina não pode mais vendar carne aos Estados Unidos.

Não podemos exportar nem um só limão (ao país do norte) porque "existem as barreiras fitossanitárias, que são para-alfandegárias", lamentou Fernández antes de enfatizar: "Sem falar da Europa, que não permite entrar nem um grama de manteiga".

Ontem, o Ministério de Relações Exteriores e Culto disse ser incompreensível e unilateral a decisão da Casa Branca de reduzir os benefícios comerciais à Argentina, pelo suposto descumprimento de uma sentença arbitral.

Segundo a chancelaria, as duas empresas estadunidenses beneficiadas pela decisão do Centro Internacional de Arranjo de Diferenças Relativas a Investimentos (Ciadi) jamais aceitaram iniciar os trâmites de cobrança das sentenças, de acordo com o regulamento do organismo arbitral e a legislação argentina.

"Tampouco as autoridades comerciais dos Estados Unidos aceitaram a proposta argentina de resolver o impasse interpretativo sobre o regulamento do Ciadi, insistindo em obrigar a aplicar um mecanismo contrário ao sistema legal vigente" nesta nação sul-americana, afirmou-se na nota oficial.

Além disso, condenou de forma contundente o lobby exercido pelos fundos abutres para conseguir esta decisão "manifestamente incompreensível", que reduz em 18 milhões de dólares os benefícios das empresas argentinas exportadoras frente a um comércio bilateral que atinge os 18 bilhões de dólares.

Nesse sentido, o Ministério argentino de Indústria detalhou que só o intercâmbio comercial de bens em 2011 ultrapassou os 11,9 bilhões, e nesse setor a balança bilateral foi favorável para os Estados Unidos em mais de 3,5 bilhões.

No ano passado, agregou, os exportadores argentinos só canalizaram 52 por cento das vendas que potencialmente podiam ocorrer através de Sistema Generalizado de Preferências, isto é, que -ainda podendo- só utilizaram a metade do mecanismo.

 Buenos Aires, 27 mar (Prensa Latina) - Modificado el ( martes, 27 de marzo de 2012 )

Fonte: Presna latina

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