segunda-feira, 12 de março de 2012
Caminho para a biopirataria? Indígenas do Brasil vendem suas terras na Amazônia
Indígenas brasileiros cederam seus direitos sobre
23.000 quilômetros quadrados de terras na Amazônia a uma empresa irlandesa que
é uma das líderes no mercado de créditos de carbono.
Segundo revela um jornal brasileiro, a companhia
Celestial Green Ventures comprou as terras da etnia Mundurucú, no norte do
Estado do Pará, no marco de sua política de negócios relacionada com o mercado
mundial de créditos de carbono.
As autoridades temem que a compra (por 120 milhões
de dólares, que não contou com o aval de toda a tribo) e a transferência dos
direitos atentam contra a biodiversidade e o desenvolvimento desse povo
indígena, pelo que, atualmente, está sendo investigada pelo Governo brasileiro.
Caminho para a biopirataria?
A presidenta do país, Dilma Rousseff, advertiu que
esse tipo de negócios “pode impedir o desenvolvimento da região e abrir o
caminho para a biopirataria”, tendo em vista que, o contrato de 30 anos, impede
a comunidade indígena de extração legal de madeira e de cultivos agrícolas.
Outra das clausulas questionadas do acordo é a de
livre acesso da companhia a estes territórios, aonde está proibida a entrada
inclusive do próprio Exército do país.
No total, a empresa irlandesa tem 16 projetos na Amazônia
brasileira, que equivalem ao dobro da superfície de Portugal e somam quase 200.000
de quilômetros quadrados. A Estatal Fundação Nacional do Índio (Funai)
registrou trinta contratos similares entre etnias indígenas e a empresa
europeia, dedicadas a comercialização de créditos de carbono.
Fonte: RT Atualidade
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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