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sábado, 10 de março de 2012

China: ataque ao Irã seria um desastre

Por Li Lianxing

El Pueblo - Pequim

A China se opõe firmemente ao uso da força militar contra o Irã e a Síria, afirmou terça-feira um diplomático chinês, advertindo que uma guerra na região será um desastre, tanto no plano humanitário como para a economia mundial.

Chen Xiaodong, diretor geral do Departamento de Ásia Oriental e África do Norte, do Ministério de Relações Exteriores, também disse ao site China Daily, que as sanções unilaterais não farão mais que intensificas as causas do conflito, em vez de resolvê-las.

As declarações de Chen se produziram um dia depois do Vice-ministro de Relações Exteriores, Cui Tiankai, assinala aos jornalistas estrangeiros na China que as sanções por si só não podem resolver a disputa com o Irã, e, argumentou que, as relações normais de comércio e cooperação energética entre China e Irã não tem nada haver com a questão nuclear.

Os diplomáticos falaram no contexto da crescente tensão entre Irã e Ocidente, sobre o proposito do programa nuclear de Teerã.

O Secretario do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, chamou Pequim, terça-feira, supostamente para procurar apoio da China, para as sanções dos EUA contra a indústria petroleira de Teerã.

“Nós preferimos a negociação e o diálogo na resolução de conflitos entre países”, disse Chen. “Nós opomos ao uso da força militar contra o Irã, já que o uso da força contra um país soberano lesiona o direito internacional”.

Chen fez estas declarações durante uma entrevista com o site de China Daily, se convertendo, assim, no terceiro de uma série de altos funcionários do ministério que se pronunciam sobre o tema.

Diante das repetidas ameaças de um embargo petroleiro, por parte da União Europeia, e o aumento das sanções financeiras dos EUA, o Irã ameaçou em bloquear o estratégico Estreito de Ormuz.

Em resposta, EUA advertiu que o fechamento do Estreito é uma linha vermelha que o Irã deve pensar duas vezes antes de cruzar.

Chen disse que uma guerra na região seria um desastre para os países envolvidos, que prejudicaria a economia mundial, já que 40% dos envios de petróleo passam pelo Estreito.

“Também nos opomos que alguns países imponham sanções unilaterais ao Irã”, disse, para acrescentar que, estas represálias não resolvem as causas do conflito, senão que os intensificam.

“A China se apegará em resolução da ONU sobre o Irã, mas as sanções unilaterais de alguns países têm prejudicado as nações que mantém relações comerciais normais com o Irã”, acrescentou.

Gao Zugui, pesquisador do Instituto de Investigações sobre Estudos Estratégicos Internacionais, disse que a China e EUA têm diferentes posições e interesses no que diz respeito ao Irã, o que dificulta chegar a um consenso.

Jin Canrong, vice-reitor da Escola de Relações Internacionais da Universidade do Povo da China, disse que a China tem demonstrado seu constante apego  a seus princípios no tema iraniano.

“A China já votou a favor de sanções contra várias empresas e pessoas que poderiam estar relacionados com as investigações de armas nucleares”, disse. “Porém, aumentar as sanções prejudicará aos civis iranianos e aos interesses normais do Irã, assim como, o comércio com outros países”.

Chen disse que a China apoia a não proliferação nuclear e se opõe que o Irã desenvolva armas nucleares, mas, insistiu no direito do Irã a usar energia nuclear com fins pacíficos. 

Falou ainda que a China da às boas vindas à decisão do Irã de reabrir as negociações nucleares e pediu as partes interessadas para garantir a paz e a estabilidade regional.

Síria

Chen também argumentou que a China se opõe firmemente que se propicie outra “Líbia” na Síria, já que seria um desastre para a região.

“China apoia a mediação da Liga Árabe, considerando-a uma maneira relativamente viável de resolver os problemas da Síria no contexto atual”, disse. China se opõe a qualquer intervenção militar no país, adicionou.

Um diálogo político inclusivo e a negociação entre as partes na Síria é a chave para sobrepor-se a crise e também a chave para a paz e a estabilidade no Oriente Médio, considerando a fundamental posição geográfica da Síria, explicou Chen.

Wu Jiao contribuiu com este despacho.

Fonte: Pueblo em línea
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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