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sexta-feira, 9 de março de 2012

Cuba denuncia exclusão da Cúpula das Américas

Cuba qualificou hoje de inaceitável e injustificável a postura dos Estados Unidos de excluí-la da próxima Cúpula das Américas, posição no marco da tradicional hostilidade da Casa Branca com a ilha.

"Não é nenhuma surpresa, tem sido a crônica de uma exclusão anunciada (...) os Estados Unidos, com seu desprezo e arrogância, ofende à pátria grande", afirmou em uma coletiva de imprensa o ministro cubano de relações exteriores, Bruno Rodríguez, a propósito do fórum hemisférico realizado em Cartagena, Colômbia, em abril deste ano.

Rodríguez explicou a jornalistas nacionais e estrangeiros que já antes da Colômbia começar a consultar sobre a assistência de Havana à Cúpula, o Governo estadunidense já tinha decretado sua ausência.

O chanceler considerou o empenho de Washington em marginalizar a ilha parte de uma política de isolamento que tem entre suas expressões um bloqueio econômico, comercial e financeiro aplicado por mais de 50 anos; cerco que qualificou de genocida e criminoso.

Ao mesmo tempo, o servidor público explicou que Cuba não exige sua presença na "chamada Cúpula das Américas".

Nesse sentido, lembrou que as cúpulas das Américas tiveram sua origem em 1994 em Miami, lançadas pelo então presidente estadunidense William Clinton, como um mecanismo de dominação econômica da América Latina, expressado através da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), proposta derrotada em 2005 no encontro do Mar de la Plata.

De acordo com Rodríguez, enquanto se realiza esse fórum - previsto para os dias 14 e 15 de abril - os cubanos estarão comemorando a vitória de Praia Girón. Estaremos aqui confiantes e serenos comemorando a epopeia de Girón, disse em alusão à derrota em 1961 de uma invasão mercenária preparada e financiada por Washington.

Na coletiva de imprensa, o chanceler cubano agradeceu as gestões do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, quem ontem abordou o tema aqui com o chefe de Estado anfitrião, Raúl Castro.

Santos nos disse de forma respeituosa e cordial que não conseguiu o consenso para convidar Cuba à Cúpula, explicou.

Rodríguez afirmou também que os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) acompanharão essa situação criada a partir da exclusão promovida pelos Estados Unidos.

Há umas semanas, o Conselho Político da ALBA defendeu a presença da ilha no fórum hemisférico, sobre a qual Cuba afirmou que, se fosse convidada em igualdade de condições, assistiria com seu tradicional respeito e apego à verdade.

Havana, 8 mar (Prensa Latina) [ Modificado el ( jueves, 08 de marzo de 2012 )]

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