quinta-feira, 15 de março de 2012
EUA reiterou ameaças bélicas contra Irã, afirma imprensa russa
A secretária de Estado norte-americana, Hillary
Clinton, reiterou ameaças de atacar o Irã antes de finalizar neste ano em uma
recente conversa com o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, comenta hoje
o jornal Kommersant.
Essa ação estadunidense contra o país persa
ocorrerá neste mesmo ano, pois os israelenses aliás chantageiam ao presidente
norte-americano, Barack Obama, assinalou um diplomata que preferiu o anonimato,
citado pela publicação russa.
A Obama puseram-no em uma posição interessante: ou
apoia a ação bélica ou perde o respaldo do lobby judeu, destaca a fonte do
Kommersant.
Sempre segundo o rotativo russo, o diplomata
indicou que Washington deseja que Rússia transmita ao Irã a necessidade de
aproveitar uma suposta última possibilidade, ainda que Moscou em todo momento
recuse o emprego da força contra o país persa.
Para abril próximo, esperam-se novas negociações do
Irã com o sexteto mediador (Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, França, China
e Alemanha) para buscar clareza sobre o programa nuclear da República Islâmica.
Teerã denuncia que Ocidente fabricou um diferendo
em torno do programa atômico iraniano, enquanto defende seu caráter pacífico e
o direito a produzir combustível para suas centrais nucleares.
Meios de imprensa russos recordam que Israel
poderia possuir umas 200 ogivas nucleares, mas se nega a assinar o Tratado de
Não Proliferação Nuclear e impede a declaração do Médio Oriente como zona livre
de armas de destruição em massa.
Por seu lado, o vice-ministro russo do Exterior
Serguei Riabkov, ao comentar o suposto ultimato, criticou esse tipo de prática
e considerou pouco profissional o emprego dessa linguagem na diplomacia.
Não existe nenhuma última oportunidade, pois se
trata de um caso de vontade política e Rússia tem todas as possibilidades para
acelerar essa tendência, apontou.
Riabkov estimou que o caráter negativo do diferendo
se criasse de forma artificial e todo o que promove o emprego da força deve se
conter e acolher aos esforços de uma saída diplomática.
A guerra para nada resolverá os problemas e criará
um milhão de outros novos, advertiu.
De seu lado, fontes do Komersant assinalaram que o
governo russo prepara condições para lidar com uma onda de refugiados, em caso
de um ataque a Irã e a reativação de diferendos regionais como o de enclave
armênio de Nagorni-Karabaj, em solo azeri.
Moscou, 14 mar (Prensa Latina) [Modificado el (miércoles,
14 de marzo de 2012)]
Fonte: Prensa Latina
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