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terça-feira, 13 de março de 2012

Parlamento egípcio condena EUA e persiste em destituir governo

A Assembleia do Povo do Egito ratificou hoje sua intenção de destituir o governo de Kamal Ganzouri, ao que acusam de ceder à ingerência estadunidense no caso de organizações não governamentais (ONG).

O vice-presidente da Câmera baixa do Legislativo, Ashraf Thabet, declarou que o Executivo do Ganzouri, nomeado em dezembro pelo Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), tem manejado de forma incorreta muitos temas nacionais, incluído o da ONG.

A fricção entre o hemiciclo e o gabinete intensificou-se no final de fevereiro após que foi revogada uma ordem de arraigo no país contra estrangeiros processados por trabalhar em entidades que operavam sem licença e com financiamento externo ilícito.

Os ativistas, entre os quais há 19 estadunidenses e dos quais 13 puderam sair do Egito em 29 de fevereiro depois de lhe lhes permitir viajar, também são acusados de ter alentado os levantamentos populares que derrocaram a Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.

A partir de então, o Partido Liberdade Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana e maioria em ambas as câmeras legislativas, pressiona por adotar uma moção que retire a confiança ao Governo e retomar sua ideia de encabeçar um gabinete de coalizão.

No meio de trocas de acusações e interpelações a ministros, o presidente da Assembleia do Povo, Saad Katatny, cancelou neste domingo uma sessão programada para discutir o tema do financiamento ilegal à ONG em protesto pela ausência do governo.

Katatny expressou sua firme "rejeição às ingerências que ainda pratica o Congresso estadunidense com respeito à justiça egípcia, ao pedir o indeferimento do processo" contra os 43 implicados, incluídos uns 27 estrangeiras, dentro dos quais estão os 19 norte-americanos aludidos.

"O Parlamento da revolução (como chamam aqui às revoltas populares) recusa a linguagem das ameaças que recorre à arma da ajuda", fustigou o deputado criticando declarações intimatórias da secretária de Estado estadunidense, Hillary Clinton.

A titular de Cooperação Internacional, Fayza Aboul-Naga, recusou alegações de traição contra o CSFA por supostamente ceder a chantagens dos Estados Unidos, que ameaçou com cortar a ajuda militar e econômica de 1,5 bilhões de dólares anuais que dá a Egito.

O Executivo desestimou a pretensão de retirá-la a confiança porque a Declaração Constitucional pela que se rege Egito desde o ano passado só concede à Junta Militar o direito de destituir e nomear gabinetes.

Thabet destacou que a decisão de levantar a proibição de viagem aos estrangeiros suscitou fortes comentários e críticas de deputados durante a sessão do domingo, mas sem chegar a insultos, pois só se expuseram fatos reais, segundo apontou.

Cairo, 12 mar (Prensa Latina) [Modificado el ( lunes, 12 de marzo de 2012 )]

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