terça-feira, 13 de março de 2012
Rússia reitera plano para Síria e críticas contra a OTAN (+Vídeo)
A
Rússia reiterou hoje no Conselho de Segurança sua denúncia contra a OTAN pela
morte de civis na Líbia e sua proposta conjunta com a Liga Árabe para uma
solução ao conflito na Síria.
A
postura de Moscou ante ambos casos foi ratificada nesta segunda-feira pelo
ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, durante uma sessão desse
órgão de 15 membros dedicada ao tema "Oriente Médio: desafios e
oportunidades".
O
representante do Kremlin criticou as tentativas de enganar à comunidade
internacional e a manipulação das decisões do Conselho de Segurança como atos
que afetam a credibilidade dessa instância e sua capacidade de ação no futuro.
Nesse
sentido, lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se
ofereceu para garantir a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, mas na
realidade lançou bombardeios massivos contra esse país.
É
lamentável que ainda não tenha sido realizada uma investigação a respeito das
vítimas civis causadas por esses ataques, disse Lavrov com respeito às
informações sobre a morte de dezenas de líbios abatidos pela aviação da OTAN.
As
organizações e países que executam os mandatos do Conselho de Segurança têm que
prestar contas sobre seus atos, insistiu o chefe da diplomacia russa.
Com
respeito à Síria, Lavrov recusou as exigências de mudança de regime, a
imposição de sanções unilaterais, o estímulo à oposição em seu enfrentamento
com o Governo assim como chamados ao confronto armado e à intervenção militar
estrangeira.
O
diplomata russo admitiu a responsabilidade das autoridades sírias na atual
situação, mas afirmou que "o governo não luta contra homens desarmados,
mas unidades de combate como o denominado Exército Sírio de Libertação e grupos
extremistas, incluído Al-Qaeda, que tem cometido diversos atos
terroristas".
Opinou
que não se trata de falar sobre quem começou (o conflito), senão de discutir de
maneira realista como atingir um cessar fogo na Síria.
Lavrov
reiterou a proposta conjunta apresentada pela Rússia e a Liga Árabe, que exige
o fim da violência desde todas as fontes, a criação de um mecanismo imparcial
de monitoramento e o fim da interferência estrangeira.
Também
mencionou a abertura da Síria à assistência humanitária e a necessidade de
brindar um forte apoio à missão de mediação empreendida pelo enviado especial
da ONU e da Liga Árabe à Síria, Koffi Annan.
Sobre
esse processo, o chanceler russo destacou o propósito de iniciar um diálogo
político entre o Governo e os grupos de oposição.
Na
sessão desta segunda-feira do Conselho de Segurança participam também os
ministros de Relações Exteriores da França e do Reino Unido, Alain Juppe e
William Hague, respectivamente, e a secretária estadunidense de Estado, Hillary
Clinton.
Também
estão os ministro Exteriores da Guatemala, Harold Caballeros; de Portugal,
Paulo Portas, e da Alemanha, Guido Westerwelle.
Nações
Unidas, 12 mar (Prensa Latina) [Modificado el ( lunes, 12 de marzo de 2012 )]
Fonte:
Prensa Latina (Texto)
……….:…………………….(Vídeo)
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