Esta sexta-feira, os sindicatos e a Comissão
de Trabalhadores da RTP aprovaram, em plenário, a adesão à Greve Geral de 22 de
março e reclamaram garantias, por parte do Concelho de Administração da
empresa, de que não existirão despedimentos e de que lhes será aplicado o regime
de exceção no que respeita aos cortes salariais.
Na Moção aprovada por unanimidade pela Comissão de
Trabalhadores da RTP, Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações
e Audiovisual (SINTTAV), Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações (STT), Sindicato dos Meios Audiovisuais (SMAV), Federação dos Engenheiros (FE),
Sindicato independente dos Trabalhadores (SITIC) e Sindicato dos Jornalistas
(SJ), é feito um apelo à adesão à Greve Geral e à participação de todos os
trabalhadores “na concentração, a 22 de março, a partir das 8h, frente ao
portão da R. Emídio Navarro”.
Segundo o documento, os trabalhadores visam, desta forma,
manifestar o seu repúdio face à destruição de postos de trabalho e ao roubo de
salários, promovidos pelo atual governo “sob o pretexto de cumprir ditames da
troika e de ir além deles”.
Tendo em conta que “as administrações de várias
empresas públicas reclamaram e obtiveram formas atenuadas do roubo de salários”
e que “o Conselho de Administração (CA) da RTP, tem pelo estatuto, pela
situação financeira da empresa e pelo passado recente de congelamentos
salariais, todas as condições para seguir esse exemplo”, os representantes dos
trabalhadores da RTP anunciaram que irão “reclamar do CA, no prazo de 48 horas,
garantias sobre a ausência de despedimentos, deslocações coercivas do local de
trabalho ou perda do vínculo à empresa decorrentes do Plano de Reestruturação
atualmente em desenvolvimento; a “manutenção de todos os direitos adquiridos”;
e a aplicação “na RTP dos mesmos critérios de exceção, ou "adaptação"
aos cortes salariais já aplicados noutras empresas públicas”.
ARTIGO | 17 MARÇO, 2012
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