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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Piedad Córdoba afirma que governo colombiano não cumpriu acordo

A pacifista e ex-senadora Piedad Córdoba afirmou que o governo colombiano não cumpriu com sua promessa de autorizar o grupo de Mulheres pela Paz a visitar os presos políticos nas prisões do país.

Córdoba explicou que na passada sexta-feira foi realizada uma reunião com o ministro de Justiça, Juan Carlos Esguerra, na qual ele afirmou que a visita aos centros penais poderia ser realizada após a operação de libertação anunciada pela guerrilha.

Na passada segunda-feira, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) libertaram unilateralmente os 10 últimos prisioneiros de guerra que tinham em seu poder, em cujo processo a gestão da ex-parlamentar foi determinante.

Inclusive Córdoba revelou que o presidente Juan Manuel Santos sustentou uma conversa com o representante na Câmara Iván Cepeda sobre isso.

Nesse encontro, segundo a pacifista, o mandatário prometeu que a visita aos guerrilheiros presos por parte de uma comissão internacional se levaria a cabo sob um protocolo de confidencialidade.

Córdoba lembrou que o grupo de Mulheres pela Paz chegou à Colômbia não só para acompanhar o processo das libertações, mas também para visitar os presos políticos, um estatus que o Governo insiste em desconhecer ao afirmar que não há réus nessas condições no país.

"Não se cumpriu o acordo que foi feito", sublinhou a ex-senadora, líder do movimento civil Colombianos e Colombianas pela Paz.

Confiávamos tanto nessas autorizações, que já tínhamos pronta a logística para as visitas, agregou.

Por sua vez, explicou que antes de abordar o helicóptero facilitado para ditas libertações na passada segunda-feira, falou com o Governo para confirmar as autorizações.

Córdoba sustentou que as autoridades penitenciárias do país reconhecem a existência de 15 mil presos políticos e prisioneiros, apesar da negativa do governo de reconhecê-los como tal.

Nós temos uma cifra, que foi inclusive publicada muito recentemente, na qual se fala de 800 prisioneiros de guerra por parte das FARC, enquanto se fala de sete mil 500 presos políticos, destacou.

Por outra parte, advertiu que o Governo de Santos não tem uma agenda de paz, senão de pacificação, o que implica militarização e o uso excessivo da força para eliminar aqueles que se levantaram em armas contra o Estado.

Córdoba também deu a conhecer duas cartas assinadas por mulheres de relevância internacional, uma para Santos e outra para as FARC.

No documento destinado ao presidente, Mulheres pela Paz o instam a abrir em breve a possibilidade de uma entendimento que implique o fim do conflito pela via do diálogo e a negociação política.

Na carta às FARC, o grupo manifesta sua gratidão e reconhecem o cumprimento de sua palavra ao libertar os 10 uniformizados, e reiteram que tratarão de cumprir a promessa de visitar os presos políticos.

Bogotá, 5 abr (Prensa Latina) - Modificado el ( jueves, 05 de abril de 2012 )

Fonte: Prensa Latina

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