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domingo, 29 de maio de 2016

FHC: O SOCIÓLOGO E POLÍTICO DAS PALAVRAS ENGRAÇADAS SEM TETO SEM NADA


"Acontece que quem concebe a ideologia de esquerda como um sentimento de exaltação da dignidade humana e sonha com um sistema social que considere mais as realizações do espirito humano do que a das máquinas da indústria, esse nunca deixou de ser de esquerda. Um esquerdista autêntico, ao ver suas expectativas frustradas, vai fazer uma reavaliação das estratégias de conquista de poder e vai buscar novas alternativas de esquerda, jamais se entregar ao discurso fantasioso do paraíso neoliberal" (Ademir Furtado)

Por: Luis Carlos

FHC é um sociólogo e político descontextualizado do espaço e do tempo real, de modo que, passou a ser guiado, parafraseando Toquinho, pelas palavras engraçadas sem teto sem nada, inclusive, já houve quem dissesse que ele dizia uma coisa no Brasil e no exterior outra. 

Por esses dias, em Nova York, o guru apoiador de golpes na América Latina divulgou uma nota na qual transfere ideias das ciências sociais para um contexto discurso que só existem ali na mensagem e que não se relacionam nem com o juízo da história e nem com a vida prática, uma vez que, não faz delas conteúdo de pensamento que guia sua ação e que essa mesma ação seja guiada pelo seu pensamento.

"Os que me conhecem sabem que fui treinado como cientista social quando, a despeito de crenças e valores, os intelectuais procuravam manter a objetividade científica como um valor central em seus labores acadêmicos. Não obstante, a vaga ideológica existente em alguns setores universitários parece confundir, nos dias de hoje, a posição de ativistas com a de cientistas".

É de provocar risos esta apreciação de que é conhecido pela "objetividade cientifica" e "valor" no trabalho acadêmico. Prestando atenção na citação, observa-se que, desse último espaço não passa a ação acadêmica-política, como se além dos muros das academias não existisse o espaço da sociedade. Por isso, que de seu ponte de vista, os 499 intelectuais do encontro são "ativistas" e, neste sentido, ao ultrapassarem os muros das universidades, não são cientistas e, que portanto, são vagos ideólogos. Fico imaginando se não existissem universidades, aonde seria produzido ciência, mas sigamos...

Toda a história da ciência prova que essa fala de FHC é uma mentira tanto do ponto de vista da tecnologia e da técnica aplicada ao desenvolvimento das sociedades, no tempo e no espaço global, quanto da utilização do conhecimento científico [produzido pelas universidades ou não] em face dos problemas postos pelos homens e mulheres do mundo social, pois, se valem desse mesmos conhecimentos, no caso das ciências sociais, para guiarem o comportamento da história ao responderem os desafios colocando pela luta de classe. Não existe uma linha tênue entre uma coisa e outra, o que existe é uma extensão que envolve o todo.

Quem não sabe que ""objetividade cientifica" e ideologia andam juntas desde sempre, só na mente de um sociólogo hipócrita e falsificador do conhecimento existe essa ideia ultrapassada quando, a seu bel prazer, justifica sua mentira. O conhecimento das ciências sociais devem e podem ser o guia das ações do povo e, se assim é,  tais ações devem ser pautadas por elas, do contrario, o conhecimento é transcendental ao contexto, ou seja, algo como que amputado da realidade sem teto sem nada. 

FHC é um falsificador de fatos e acontecimentos e usa-os para justificar e encobrir as ações dos golpistas e salafrários do tipo dele porque subtrai a realidade objetiva da exteriorização do pensamento. Quando os diversos cientistas sociais analisam a realidade politica do que está acontecendo no Brasil e dizem que existe um golpe de estado é porque estão, efetivamente, usando a objetividade cientifica na sua atuação "ativista". Para se safar das criticas e denuncias usa sua arrogância socioloverborragista para criticar os outros como sendo ideológico, como se ideologia fosse um crime, pelo contrario, e, diametralmente oposto, prefiro a apreciação de Vladimir Lenin, ao dizer aos estudantes, que toda atividade politica é uma atividade científica por excelência. 

Antes de expor sua visão de ex-esquerdista vitimizado pela Ditadura Militar, e no mesmo parágrafo [atemporalmente, sem nenhuma analise de sua guinada para a direita pró-neoliberal e imperialista], de colocar seu histórico de senador, chanceler, ministro da fazenda e presidente da república, falou algo que por si só é de encantar seus verdadeiros fãs brasileiros, os meios de comunicações monopolistas e seus correligionários corruptos do PSDB: 
"Fui e sou comprometido com valores democráticos no mundo e na politica brasileira".
Palavras engraçadas sem teto sem nada é uma coisa de provocar risos, não pelo conteúdo sério que tem a democracia, mas pela mentira deslavada desta frase sem contexto porque não considera seu ex-esquerdismo capenga e sua posterior atuação política anti-povo, neoliberal e imperialista, ontem e hoje no Brasil. Para socorrer-me a uma crítica sobre esta mentira nua e hipócrita basta colocar aqui algo que escrevi no corrente mês:

"A jornalista Maria Frô, em 2012, disse na Revista Forum uma frase que resume um texto: "PSDB é um partido que apoia golpes".
O mesmo se aplicar para Fernando Henrique Cardoso e seus comparsas de legenda. É o que identificamos no Tijolaço quando Miguel do Rosário comentou, em março de 2014, que:  "FHC quer ser o guru de todos os golpes"
Vemos o PSDB e FHC apoiarem o Golpe de Estado no Honduras e o Golpe de Estado no Paraguai. Ademais, sempre foram simpatizantes de um Golpe de Estado contra Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela.
O senador Roberto Requião (PMDB) disse uma frase, em julho de 2012, estampada no Brasil247, que profetizava a realidade de 2016 no Brasil: “Quem apoia Franco (Federico Franco, o vice de Lugo que tomou o poder no Paraguai) apoiaria um golpe no Brasil”.
Hoje estamos presenciando não só o apoio do PSDB a um Golpe de Estado no Brasil, mais também, a participação efetiva e a defesa mercenária a um GOLPE contra a democracia e o povo brasileiro".

Os "valores democráticos" de FHC no mundo e na vida política brasileira fazem parte da democracia burguesa de apoiar e praticar golpes de Estado contra a democracia popular representativa, imagino se fosse uma democracia protagonista com participação ampla do povo nas decisões de mando do governo e do estado brasileiro!? 

A nota de FHC daria um livro se fôssemos fazer a critica a cada ideia que desenvolve, mas, enfim, não tenho tal pretensão, ademais, o tempo não me permite a tanto. Por isso, observaria no portanto e porquanto, o fato de que, quem está familiarizado com o que está acontecendo no Brasil, ao ler a defesa de FHC, em relação impeachment da presidenta Dilma, observa de imediato que sua justificativa contra os que afirma que existiu, sim, um golpe na quadra histórica brasileira, se baseia em palavras engraçadas sem teto sem nada, iguaizinhas as que observamos acima,  pois, segundo o guru de todos os golpes, o "impeachment" foi "procedido na estrita obediência da Constituição" com base na responsabilidade fiscal, uma vez que :"o governo Roussef utilizou recursos não aprovados pelo Congresso e mascarou a verdadeira situação fiscal do país durante o ano eleitoral".

             

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