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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Egito inaugurou o primeiro parlamento democrático depois da era Mubarak


A Assembleia do Povo egípcio ficou constituída, hoje, com uma esmagadora maioria islâmica, com 508 deputados, mas com o compromisso de ser o primeiro fruto tangível do levantamento popular que derrotou a Hosni Mubarak.  

A estreia da Câmara baixa do Parlamento, nascida depois de mês e meio de complicada votação em três fazes, suscitou sentimentos encontrados entre os egípcios, pois para quem liderou a chamada ‘Revolução’, é um bom passo para aqueles que foram, praticamente, excluídos.

Enquanto centenas de islâmicos de distintas tendências se concentravam nas imediações da sede do Legislativo, no centro do Cairo, dentro da sede parlamentar começava a sessão às 11:00 hora local (9:00 GMT).

A câmara está dominada em suas três quartas partes por islamistas, embora o Partido Liberdade e Justiça (PLJ) - baço politico da ‘Hermandad Musulmana’ (HM) - controle 235 dos 508 assentos, seguido pelo Partido Al-Nour (salafistas), que ocupa 123.

Segundo dados da Alta Comissão Judicial para as Eleições (ACJE), as pesquisas demonstraram que dos 498 lugares em disputa (10 são designadas mediante decreto pela Junta Militar que serve como chefe de Estado), o partido laico Novo Wafd ganhou 36 lugares.

As outras organizações com representação são o Bloco Egípcio (liberal), com 33 deputados, e o partido El-Wassat, uma divisão da HM, com projeção islâmica moderada de centro, que pode incluir 10 legisladores, assim com, o Partido Reforma e Desenvolvimento (com oito).  

Organizações e movimentos revolucionários, como o 6 de Abril, felicitaram aos novos parlamentares e pediu para que honrem suas responsabilidades legislando pelo bem de todos os egípcios, embora o PLJ negue alianças com os fundamentalistas de Al-Nour.  

Essa promessa da HM de manter condias vínculos com os salafistas, sem manter alianças, que dariam uma superioridade desproporcionada dentro da Câmara, foi uma notícia tranquilizadora para muitos cidadãos e analistas políticos.

A direita do PLJ jurou conduzir o Egito às transformações de um governo militar para outro civil, respeitando as pessoas, e prometeu não aliar-se com os ultraconservadores do partido Al-Nour, embora diga defender valores islâmicos e democráticos.

Antes da sessão de posse do Parlamento, o líder da Hermandad Musulmana, Mohamed Badie afirmou que: “respeitamos e apreciamos ao Exército, mas o Conselho Militar deve ser responsável por alguns erros. Ninguém está por cima da lei”.

Fonte:


Tradução de:

Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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