quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O Conselho de Segurança se dobra a vontade da Rússia e não pede a renuncia de Assad (+Vídeo)
Os membros do Conselho de Segurança da ONU discutem
na nova sessão de quinta-feira a versão modificada do projeto da resolução
sobre a Síria proposta por Marrocos, que tem sido mudada para amolda-se as exigências
da Rússia e China, que ameaçam em veta-la. Especificamente, o texto leva em
conta o desacordo de Moscou e Pequim sobre a exigência para que Bashar Al Assad
passe o poder a seu vice-presidente.
Depois das consultas mantidas entre terça-feira e quarta-feira,
os autores do documento acordaram em tirar do texto os pontos que resultavam inaceitáveis
para Rússia e China, segundo a informação divulgada, por Kodjo Menan, representante
de Togo na ONU, pais que preside atualmente o Conselho.
“Muitos membros do Conselho de Segurança não estão
dispostos a apoiar as recomendações da Liga Árabe no que se diz respeito ao
governo na Síria”, disse Menan. “Quando ontem discutíamos o projeto, esses
países expressaram sua posição a respeito, e creio que os autores do projeto
tiveram em conta estas preocupações, o que ficou refletido no novo texto,
difundido hoje pela manhã”, acrescentou o diplomático.
Em concreto, o projeto já não continha a exigência dirigida
ao presidente sírio Bashar Al Assad, para que abandone o poder, nem prevê impor
a Damasco um embargo para a venda de armamentos: precisamente estes foram os
dos pontos que a Rússia criticou durante as discursões anteriores, nas quais
advertiu que vetaria qualquer projeto que os incluíssem.
“Parece que o consenso sobre o projeto pronto vai
ser alcançado”, afirmou Menan, que não precisou o momento em que se produzirá a
votação. “O Conselho de Segurança da ONU não quer que se desate uma guerra
civil na Síria. Por isso, queremos chamar a todos os sírios para que cessem a violência
e empreendam conversações, abertas a todos, que assinalem o caminho até um
processo de transição”, apreciou.
Segundo Menan, o governo e a oposição do país devem
acordar os passos que permitam abordar com existo este processo. “Se o Conselho
tomar a decisão de [exigir a] transição do poder, e os poderes sírios não
aceitarem está decisão, o Conselho atuará de maneira contraproducente”.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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