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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Síria em meio a batalhas de rua e diplomáticas (+ Vídeo)

Dezenas de vitimas entre civis e militares foi o saúdo deixado pelos distúrbios registrados nas últimas 24 horas. Entretanto, outro tipo de ‘batalha’, desta vez diplomática, continuam no Conselho de Segurança da ONU para resolver o problema por meios pacíficos.

Violência e fuzilamentos

Ao menos 20 pessoas, incluindo um bebê, morreram na recente jornada de enfrentamentos entre os soldados de Bashar Al Assad e os combatentes da oposição síria, informaram, nesta quarta-feira, os ativistas das organizações opositoras do país. Entre os mortos estão militares governamentais que foram fuzilados por negar-se a disparar contra os manifestantes, denunciaram os ativistas.

Na véspera, uma nova onda de violência atingiu diversas localidades sírias, deixando, aproximadamente, 100 mortos, dos quais 55 eram civis, segundo informes dos observadores das organizações de direitos humanos que dão assistência à Síria.

Rússia não vê possibilidade para ser aprovado o projeto de resolução


O representante da Rússia diante da ONU, Vitali Churkin, insistiu na sessão aberta do Conselho de Segurança das Nações Unidas, dedicada a Síria, que a comunidade internacional deve favorecer o diálogo sírio e não intervir nesta confrontação com sanções e armas. Churkin asseverou, também, que a reunião dos representantes das autoridades sírias e a oposição, na Rússia, poderiam contribuir para começar o diálogo entre o governo de Al Assad e seus detratores.

“O Conselho não pode ditar os parâmetros para um arranjo da política interior. Não tem um mandato regulamentado para ele. Consideramos necessária e possível uma posição de consenso dos membros do Conselho de Segurança sobre Síria”, declarou o representante russo diante da ONU.

Outro diplomático russo, o embaixador da Rússia na União Europeia, Vladímir Chizhov, assegurou, nesta quarta-feira, que não vê nenhuma possibilidade de que o projeto de resolução da ONU sobre a Síria, elaborado pelos países árabes, vá adiante. Este projeto “não tem o mais importante: um postulado que excluía a possibilidade de que esta resolução seja usada para justificar uma intervenção militar estrangeira”, disse Chizhov.

China, “categoricamente contra” o uso da força.

Por sua parte, a China apoiará o projeto da Rússia para resolver o conflito sírio, assinalou o representante permanente desde pais nas Nações Unidas, Li Baodong, depois da reunião em Nueva York.

A China tem proposto participar ativa e construtivamente nestas sessões e junto com outras partes esforçar-se para consertar a situação na Síria por meio do diálogo político, “China se pronuncia, categoricamente, contra ao uso da força para mudar o governo na Síria, porque esta medida contradiz a Carta da ONU e as normas básicas das relações internacionais”, declarou o diplomático chinês.

“Postura russa sobre Síria a fortalece no âmbito mundial”
A postura firme que mantém a Rússia contra a invasão militar na Síria poderia provocar seu isolamento do mundo árabe, expressou o ministro britânico do Exterior, William Hague. No entanto, analistas políticos consideram que esta atitude só aumentará o prestigio internacional de Moscou.

Assim, a escritora e analista independente Conchetta Dellavernia, expressou em diálogo com a Rede RT: “A postura da Rússia é uma postura, que sobre meu ponto de vista, fortalece-a. Como um Estado verdadeiramente democrático, um Estado que não quer as armas, no sentido figurativo, com fins pacíficos para soluções de conflitos no Oriente Médio”, disse a escritora.

“É a postura mais coerente e mais democrática. E a que mais se ajusta ao direito internacional e a lei internacional”, sublinhou Dellavernia. “A postura da Rússia é uma postura que a fortalece, que vai aumentar seu prestigio, sobretudo, a nível internacional e além dos países árabes”, asseverou a analista.

Continuará o debate diplomático?

Entretanto a secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, anunciou sua firme disposição para discutir a situação da Síria com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguéi Lavrov. A chefa da diplomacia americana disse esta declaração aos jornalistas reunidos em Nueva York, em reunião aberta do Conselho de Segurança sobre a situação do país árabe.

“Proponho-me conversar com Serguéi Lavrov, que se encontra de viaje pela Austrália. Eu tenho viajado por esse país e às vezes é difícil comunicar-se por telefone ali. Creio que em todo caso que é necessário buscar certa compreensão”, assinalou.

Por sua parte, o chanceler da Rússia de visita à Austrália, desmentiu que Clinton tenha tentado comunicar-se com ele para falar sobre o problema sírio. O chefe da diplomacia russa assinalou que “em caso de haver uma mínima possiblidade celebraremos esta reunião”.




Fonte: http://actualidad.rt.com/actualidad/internacional/issue_35607.html

Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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