segunda-feira, 12 de março de 2012
Espanha protesta contra uma reforma trabalhista “injusta” e “desnecessária” (+Vídeo)
Nas principais cidades espanholas se realizaram
protestos massivos contra a reforma trabalhista recém-aprovada pelo Governo e,
qualificada pelos manifestantes, como “injusta” e “desnecessária”.
A marcha mais multitudinária aconteceu em Madrid,
entre o Paseo del Prado e a Puerta de Alcalá. Antes da realização do ato,
levou-se a cabo uma conferência de imprensa, onde os líderes sindicais
advertiram que os ajustes do Executivo, presidida por Mariano Rajay, levam a um
caminho “desconhecido e muito perigoso”.
Os sindicatos pedem que o Governo sente-se para
negociar, enquanto isso, na cede do Partido Popular, se afirmavam ter mantido
sete reuniões.
De qualquer modo, milhões de pessoas saíram as ruas
“enfadadas, mas com muita boa disposição”, segundo o jornalista Javier Couso.
Porém, apesar das exigências de uma grande parte dos trabalhadores espanhóis,
Couso considera que a política da ‘mão dura’, realizada pelo Governo, “não vai
mudar”. “Há um pouco de suavidade nas declarações porque teremos duas eleições
daqui a pouco em Asturias e Andaluzia”.
Porém, de todas as formas,, “a soberania da Espanha
está entregue aos bancos”. E como é pouco provável que o Governo de Mariano
Rajoy retifique a reforma trabalhista, haverá “um cenário bastante efervescente
de crescentes conflitos sociais”, avisa Couso.
A polêmica de 11 de Março (11-M)
Outro ponto que tem levantado polêmica é a data
escolhida para esta realização, porque o 11 de março é uma data chave na
história recente da Espanha, devido aos atentados terroristas dos trens em 2004,
nos quais morreram 192 pessoas e outras 1.800 resultaram feridas.
A Associação Vitimas do Terrorismo tem se mostrado
contra a manifestação de 11-M, embora outras associações, reconhecem o direito
dos trabalhadores de se manifestarem em qualquer dia do ano.
Mas, os partidos dos protestos sustentam que tem
existido “uma campanha da direita mediática, uma utilização das vitimas” para
fazer fracassar as manifestações, segundo Javier Couso.
De uma forma ou de outra, as duas associações
realizaram seus atos de homenagem às vitimas da tragédia. Enquanto isso, a Comunidade
de Madrid e a Câmara Municipal da capital adiaram para a segunda-feira seus
atos comemorativos.
Tradução de Luis Carlos (Redação de blog o povo na
luta faz história)
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