Nações Unidas reiterou hoje a disposição de seu
secretário geral, Ban Ki-moon, para exercer seus bons ofícios entre Argentina e
Grã-Bretanha por uma solução à disputa sobre as Ilhas Malvinas.
Essa postura foi confirmada na sede da ONU pelo
porta-voz oficial adjunto da organização mundial, Eduardo do Boi, durante seu
encontro diário com os correspondentes.
O titular da ONU expressou estar pronto para mediar
nessa controvérsia durante uma entrevista que sustentou na semana passada em
Nova York com o chanceler do país sul-americano, Héctor Timerman.
O porta-voz recordou que nesse intercâmbio o máximo
responsável pela ONU manifestou sua disposição para intervir entre as duas
partes se assim o solicitam.
O objetivo seria marcar negociações entre Buenos
Aires e Londres para solucionar a disputa de soberania sobre esse arquipélago
austral, ocupado pelo Reino Unido desde 1833 e cuja soberania é reivindicada
por Argentina.
Durante sua estância na sede da ONU, Timerman
reuniu-se também com o representante de Togo e presidente do Conselho de
Segurança, Kodjo Menan, e o titular da Assembléia Geral, Nassir Abdulaziz A
o-Nasser (Provar).
Ademais, com o presidente do Comitê de
Descolonização, Pedro Núñez Mosquera (Cuba), e os embaixadores de Colômbia e
Guatemala, os países latino-americanos que neste ano ocupam um assento no
Conselho de Segurança.
Também ofereceu uma conferência de imprensa na que
denunciou a crescente militarização do Atlântico Sul e a introdução de armas
nucleares nessa região por parte de Grã-Bretanha.
O território das Malvinas foi palco de uma guerra
entre Argentina e Grã-Bretanha de abril a junho de 1982 que custou a vida a 649
argentinos e a 255 ingleses.
O tema dessa disputa de soberania está na agenda do
Comitê de Descolonização da ONU, encarregado de examinar a aplicação da
Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais.
Nações Unidas, 16 fev (Prensa Latina) [Modificado
el ( jueves, 16 de febrero de 2012 )]
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