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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Líbia se converte em pesadelo

A euforia de muitos líbios pela caída do governo de Muammar Gaddafi parece haver passado a um segundo plano e agora devem se encarar com uma dura realidade: um país em ruinas, com altos índices de desemprego, escasso financiamento e também com muitas incertezas sobre seu futuro. Como resolverão estes problemas?



   
 As necessidades

Como outros milhões de jovens líbios, Mohamed Tarjuni decidiu deixar seus estúdios para ajudar aos rebeldes a acabar com os últimos bastiões do ex-líder do país. Tarjuni relatou a RT que jamais havia sonhado ver em ruínas a residência de Gaddafi. No entanto, passado o festejo se sente inseguro pelo futuro: depois do triunfo dos insurgentes apoiados pela OTAN, segue desempregado e crer que as novas autoridades necessitarão de tempo para levantar o país. 

Protestos nas ruas de Bengasi: AFP/Abdullah Doma


Outros líbios tampouco são otimistas e seus medos aparecem junto com as necessidades diárias: “não há dinheiro nos bancos, em breve talvez se vejam filas de pessoas com sacolas procurando pão”, se queixa Mohamed Ali.

Porém, o povo não quer se calar. Bengasi, a coluna da revolta, é de novo o centro de novos protestos. Durante vários dias, centenas de líbios se manifestam exigindo salários e condições de vida decentes e até os controladores aéreos têm se somado aos protestos contra as omissões das novas autoridades.

Buscando o dinheiro

O Conselho Nacional de Transição (CNT) reconhece que a atual situação é uma bomba relógio e chama a atenção da comunidade internacional em busca do dinheiro, porém, sem que isto seja visto como petição de uma nova intervenção. “Necessitamos quanto antes dos fundos congelados de volta. Não o estamos pedindo emprestados, mas, o que é nosso”, sustentou Mahamed Alhuraizi, membro do CNT.

Segundo o novo governo, dos 160.000 milhões de dólares retidos das contas do coronel durante o conflito, apenas 1% tem sido devolvido aos cofres do Estado líbio, o que não é suficiente para enfrentar os problemas.  

Pagar as contas

As ações da OTAN, EUA e algumas potências europeias têm sua própria “lógica econômica”, afirma o jornalista e historiador Ingo Niebel. “Agora a Líbia tem que começar sua indústria petroleira, em particular, e com esse dinheiro comprar na França, Reino Unido e em outros países as mercadorias que necessitam”, explicou Niebel a RT. 

Batalha de Ras Lanuf, março de 2011: AFP/Roberto Schmidt
 
Ademais, todos na Líbia recordam que a Guerra Civil custou milhões de vidas. E enquanto poucos ex-rebeldes põem em dúvida o que a nação ganhou com a morte de Gaddafi, assassinado cruelmente, em outubro passado, assumem que, se não se tomar medidas, a vida cotidiana poderia converte-se em outro pesadelo.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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