segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
2011, tempo para refletir?
O ano de 2011 nos forneceu uma oportunidade de
introspecção, examinando onde vai o nosso planeta, como nossa comunidade de
nações está se desenvolvendo e em que medida as relações internacionais
comprometem regimes ocidentais que passaram décadas a berrar sobre direitos
humanos, mas que na prática são exemplos do pior tipo de gestão de crises.
O ano de 2011 forneceu-nos um exemplo mais nobre de
bravura humana, ou seja, a resposta controlada e corajosa do povo japonês após
o tsunami e crise nuclear mas também o exemplo mais vil da hipocrisia humana
quando potências imperialistas ocidentais atacaram a Líbia, tentando destruir o
sistema participativa de democracia Jamahiriya, escolhendo como alvos mais uma
vez estruturas civis com equipamento militar, apoiando terroristas e quebrando
todas as leis no livro, violando todas as normas de relações internacionais.
O ano de 2011 forneceu-nos a prova, uma vez por
todas, que a OTAN é uma organização terrorista, que OTAN colabora com
terroristas, que a OTAN bombardeia sistemas de abastecimento de água com
equipamento militar, que a OTAN ajuda e financia forças lideradas por elementos
como Bel Hadj, presente nas listas de terrorismo da própria OTAN. O ano de 2011
nos fornece uma prova de que a OTAN não respeita o direito internacional, nos
fornece a prova de que a OTAN não respeita a Carta da ONU, nos fornece a prova
de que a OTAN não respeita os termos das Resoluções do Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas, nos fornece a prova de que a OTAN é uma
organização criminosa que satisfaz aos caprichos dos lobbies que controlam a
política externa de Washington.
Em 2011, o desrespeito mais horrendo e repugnante
do direito internacional, a violação de convenções internacionais, a violação
mais clara e insulto das normas diplomáticas teve lugar no estupro da Líbia
pelos Estados Unidos da América e seus estados-caniche, o Reino Unido e a
República da França.
A acusação contra este ato foi escrita pelo autor,
recebida pelo Tribunal Penal Internacional e pelo Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos. Está em anexo a este artigo (*). Esta acusação não recebeu sequer a
cortesia de uma resposta de qualquer destas instituições, que significa que
elas servem mais para desrespeitar a lei do que defendê-la.
Vergonhosas são as acções de aqueles que seguiam
obedientemente na midia internacional estes crimes contra a humanidade, esses
actos de terrorismo, como se tratassem da normalidade, que reiteraram as
obscenidades de aqueles que insultaram Muammar al-Qathafi sem se referir às
suas imensas e numerosas boas ações, ao seu Livro Verde e ao seu registo
humanitário pelo qual ele iria receber um prémio da ONU.
Há algo que se determina direito internacional e,
apesar da existência de estados pária que desejam desprezá-lo, há que ser
respeitado e implementado. De um lado temos o bloco ascendente BRIC, Brasil,
Rússia, Índia e China. Por outro lado, temos o descendente bloco de
ex-potências coloniais, perpetradores de numerosos massacres, cujos lugares no
G7 serão tomadas pelos países membros do BRIC na próxima década. Para aqueles
que se riram na adesão da Rússia aos G8, em poucos anos Moscou há-de entrar nos
G6 ou então G5. Quem vai se rir então?
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