ESPERAMOS QUE VOCÊ DEIXE SUAS OPINIÕES, IDÉIAS E QUE VENHA PARTICIPAR CONOSCO DEIXANDO SUAS PROPOSTAS

domingo, 8 de janeiro de 2012

China-Estados Unidos: Muitos contatos e preocupações em 2011

As relações entre China e Estados Unidos fecham 2011 com preocupações para o país asiático, depois de registrar altibaixos, apesar de que no ano começou com uma visita do presidente Hu Jintao à outra nação.

Nessa ocasião, os principais pronunciamentos dos encontros resumiram-se em um comunicado conjunto no que se reiteraram compromissos associados a vários campos, incluídos o militar e econômico, com vista a promover relações de colaboração.

Ambas as partes também lembraram forjar uma associação de cooperação baseada no respeito e benefício mútuos.

Pouco antes, o então secretário de Defesa, Robert Gates, esteve em Beijing, visita que contribuiu a uma normalização dos contatos militares.

Esses últimos viveram fortes tensões a princípios de 2010 pela decisão do Pentágono de vender armas a Taiwan, passo energicamente protestado pela outra parte.

Favorecidos pelos novos acontecimentos, as relações somaram em maio outro momento importante. Nesse mês o chefe do Estado Maior General do Exército Popular de Libertação, Chen Bingde, viajou a Estados Unidos, visita reciprocada por seu homólogo Mike Mullen em julho.

E como estes vínculos se caracterizam por seus altibaixos, só dias depois o presidente Barack Obama recebeu o Dalai Lamba.

O encontro motivou outro protesto chinês e deveio fonte de maiores tensões entre Washington e Beijing, que acusou à outra parte de interferir grosseiramente em seus assuntos internos e atingir as relações.

Certa normalidade recuperou-se em agosto com a visita do vice-presidente Joe Biden a este país, um das viagens recíprocas anunciados quando Hu esteve nos Estados Unidos.

Depois, novas tensões por planos de vendas de armas a Taiwan, anunciados em setembro, e uma iniciativa de caráter econômico-comercial.

Em outubro China recusou firmemente um projeto de lei promovido por senadores estadunidenses que acusavam a este país de manipular sua moeda, tema de frequentes fricções entre Beijing e Washington.

O gigante asiático reiterou sua posição de que é amplamente entendido que a taxa de mudança do yuan -a moeda chinesa- não é a causa do desequilíbrio comercial entre as duas principais economias do mundo.

A citada iniciativa foi muito criticada no meio da advertência de que poderia desatar uma guerra comercial, ainda que ao que parece as águas se acalmaram.

Seus patrocinadores justificaram esse passo também com a necessidade de criar empregos em momentos em que a taxa de desocupação nos Estados Unidos ultrapassava nove por cento.

Assim decorria no ano nas relações bilaterais até que na etapa final as tensões foram maiores com o anúncio do presidente Obama de que aumentaria a presença do Pentágono na Austrália, inclusive com aviões.

Para tratar de acalmar as reações, o mandatário disse: "a ideia de que buscamos excluir a China é errada. Damos as boas-vindas a uma China em ascensão e pacífica".

De fazer-se realidade, seria a presença estadunidense mais próxima ao sul do gigante asiático.

Segundo Obama, um fortalecimento dos laços militares com Austrália atenderá a demanda de "muitos sócios na região de que tenhamos a presença necessária para manter a arquitetura de segurança na área".

O novo plano considera-se outro passo para conter a este país, sem esquecer que o anunciado deslocamento está mais próximo do mar de China Meridional, o possível objetivo dessa expansão.

Rica em recursos energéticos, adicionais a sua importância como rota comercial, a mencionada zona é tema de disputa entre várias nações, a que Beijing faz questão de resolver entre as partes diretamente envolvidas nela.

Mas o presidente estadunidense também busca imiscuir-se nesse assunto, o que justifica com a prioridade outorgada por seu governo à região da Ásia-Pacífico, incluída a economia, se leia maior presença.

Com esta novidade como preocupação adicional fechou no ano nas relações bilaterais, que para 2012 se augura cobrarão maior força como tema da campanha eleitoral nos Estados Unidos.

Fonte:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Página Anterior Próxima Página Home