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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Inglaterra quer repetir o cenário da Líbia na Síria

Um político desertor sírio que encabeça um grupo opositor na França tem feito um chamamento ao Primeiro Ministro britânico para empreender uma ação militar contra o governo de Damasco, gerando suspeitas de que Londres quer repetir o cenário da Líbia na Síria.

Abdul-Halim Khaddam, ex-vice-presidente sírio de Bashar Al-Assad, que é visto como um oportunista na Síria, criou em Paris um Comité Nacional para apoia aos distúrbios ocorridos na Síria, em novembro, com no mínimo 65 membros e está pedindo agora ao Primeiro Ministro Britânico, David Cameron, que lhe ajude a voltar para a política síria.

A organização de oposição, dirigida por Khaddam, escreveu uma carta a Cameron dizendo que a Síria é o principal “instrumento” de uma coalizão Ira-Rússia, que descreveu como perigosa.

“A valente decisão do governo britânico e dos países que são conscientes dos riscos de uma coalizão, cuja principal ferramenta é o governo de turno na Síria, necessita usar o poder militar para derrotar a esse governo”, informou o site de notícia Al-Alam, citando a carta.

A decisão de Khaddam de escrever a Cameron aumenta as suspeitas de que a Grã Bretanha está planejando desenhar um cenário na Síria similar ao da Líbia.  

Enquanto na Líbia havia grupos leais lutando contra o governo de Muammar Gaddafi, a Inglaterra parece esta usando a Khaddam como parte de uma rede de indivíduos e organizações que trabalham para fingir um levantamento popular e uma frente política que represente a vontade das massas contra o governo de Assad, movimento, esse, que está acontecendo na Síria.

As especulações ganham forças no contexto de uma campanha de propaganda da Grã Bretanha e seus aliados da OTAN para desencadear uma guerra civil na Síria.

No inicio desta semana, parece que o Observatório da Síria, com sede em Londres, para os Direitos Humanos, está trabalhando em estreita coordenação com o Ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, e organizações não governamentais, financiadas pelos Estados Unidos.

O “observatório” tem sido a fonte exclusiva das “notícias” de supostas repressões na Síria, a pesar de estar em Londres e a pesar do fato de que nenhumas de suas informações possam ser verificadas de forma independente.

Isto acontece ao mesmo tempo em que os rebeldes armados, tanto dentro como fora da Síria, que são suspeitosos de ter recebido apoio financeiro e armas de uma serie de governos ocidentais e árabes, tem pedido mais de uma vez, a intervenção militar estrangeira para derrotar ao governo de Assad.

Khaddam disse sem rodeios em novembro que seu Comitê Nacional de Apoio a Revolução Síria tem uma “mensagem clara” que é “colocar o regime abaixo”.  

Khaddam tratou de estabelecer um novo governo no exilio em 2007, mas, fracassou, já que inclusive, os grupos de oposição na Síria não confiavam nele.

O Parlamento sírio o denunciou como traidor depois que fugiu para Paris em 2005.

Fonte:


Tradução:

Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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