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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Síria critica duramente postura predisposta do Catar

A Síria criticou o Catar por insistir no que qualificou de postura predisposta e tendenciosa contra o país, a qual atenta contra os anseios de unidade regional e é desvinculante de normas da Liga Árabe (LA).

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Em declarações que circulam hoje nesta capital, o representante sírio perante essa organização, Yousef Ahmad, particularmente censurou o premiê e chanceler catari, jeque Hamad bin Jassin Al-Thani, por seus parciais comentários sobre a Síria que não correspondem a seu atual posto como presidente do Conselho Ministerial Árabe.

As duras críticas de Ahmad ocorrem depois que o Conselho de Ministros da LA, que tem o Catar como presidente de turno, se reuniu ontem para realizar uma primeira avaliação do trabalho da missão observadora na Síria e culpou Damasco pelo que considerou falta de avanço nessa tarefa e por interpor obstáculos aos inspetores.

Antes desse encontro ministerial no Cairo, Egito, os Estados Unidos, a França e seus aliados árabes, o Cartar entre eles, pressionaram fortemente a LA e desacreditaram o trabalho que vêm realizando seus enviados a solo sírio, onde percorreram dezenas de cidades e povoados sem restrições, visitaram hospitais e cárceres e conversaram com a população.

Especialmente, Ahmad referiu-se à acusação feita por Al-Thani de que o Governo de Damasco não tem cumprido com os compromissos acordados com o fórum pan-árabe, à sua insistente intenção de internacionalizar o problema sírio e propor novas exigências que vão para além do marcado no protocolo de observação e no plano árabe de trabalho.

Em coletiva de imprensa ao final da reunião ministerial, Al-Thani e o secretário geral do organismo regional, o egípcio Nabil Al-Arabi, informaram que reclamarão à ONU o envio de uma assistência técnica para ajudar os especialistas em temas de direitos humanos, em questões militares e de segurança, bem como especialistas em outros assuntos.

Tal proposta é a que têm vindo tentando impor especialmente Estados Unidos, França e outros aliados ocidentais.

Al-Thani em particular acusou Damasco de não cumprir com o acordado e, assim como Al-Arabi, defendeu por aumentar o número de observadores, que agora é de 163, para poder enfrentar, segundo disseram, a violência a qual atribuíram unicamente às forças sírias sem considerar as violações flagrantes e os ataques terroristas dos grupos armados.

O portal israelense de análise informativo DEBKAFile publicou recentemente uma investigação na qual relacionou evidências sobre como o Catar, com apoio financeiro de Arábia Saudita, realiza ingentes esforços para criar uma força extremista de intervenção na Síria com mercenários de países da região, aos quais tem ajudado a concentrar em alguns acampamentos na Turquia.

Segundo DEBKAFile, o Catar inclusive forneceu carros bélicos, logística, transportou esses armados mercenários para solo turco e delegou um militar de alta patente de seu Exército para coordenar as operações de formação desse contingente que nomeou de Exército Sírio de Libertação.

Em várias ocasiões nas últimas semanas, as forças sírias conseguiram abortar tentativas de infiltração de grupos armados e apreenderam junto a eles grande quantidade e variedade de armamentos, entre os quais sofisticadas equipamentos de comunicação via satélite de fabricação saudita.

Analistas sírios, assim como observadores ocidentais em Damasco, coincidem em que para interpretar a postura do Catar se deve levar em conta que sua atual cúpula monárquica é pró-estadunidense e que nesse emirado radica a maior base militar dos Estados Unidos na região, o que exerce uma óbvia influência nas decisões de Doha.

Ahmad criticou que existem diferenças entre o rascunho da ata final da reunião ministerial e as declarações de Al-Thani que mostraram claramente as intenções anti-sírias.

O representante de Damasco considerou que o premiê e chanceler catari assumiu uma posição embaraçosa e forçada ao falar em nome do povo sírio, quando a grande maioria está a favor do governo do presidente Bashar Al-Assad, da unidade nacional e recusa todo tipo de intromissão estrangeira.

Qualificou, também, como negativa tal postura nada construtiva que responde à campanha de escalada agressão política e midiática contra a Síria, e acuso Al-Thani de coordenar posições "com partes que chamam à intervenção estrangeira mesmo à custa do sangue do povo sírio".

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