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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

EUA e OTAN aumentam seu número de vítimas civis

Por Prensa Latina

Depois de mais de uma década de ocupação, os Estados Unidos e a OTAN permanecem atolados no Afeganistão e, em seu desespero por tentar apaziguar mediante a força, "confundem" supostos inimigos com civis e colaboradores nativos.

Essas falhas são consideradas por Washington e Bruxelas em termos militares como "fogo amigo" e "erros" de sua aviação, artilharia e infantaria, mas desconhecendo até o momento que foi um fiasco invadir essa nação muçulmana centro-asiática dentro de sua denominada "guerra contra o terrorismo".

Este tipo de "erro" aconteceu em inúmeras ocasiões na nação islâmica, nos quais centenas de habitantes, em sua maioria mulheres e crianças, perderam a vida nos últimos anos devido a incursões aéreas do Pentágono e da Organização do Atlântico Norte (OTAN).
Sem contar os mais de 10 mil inocentes assassinados pelos indiscriminados bombardeios às diversas cidades, inclusive Cabul, durante sua agressão iniciada em 7 de dezembro de 2001 sob o eufemístico criptografado de "Liberdade Duradoura".

Só no ano passado morreram mais de três mil civis em diversos incidentes de violência, causados por ataques dos soldados dos EUA, da OTAN, dos afegãos e dos talibãs, indica a ONU.

Segundo relatório da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (UNAMA), ao todo 3.021 civis morreram em 2011, oito por cento a mais que em 2010.

Essa cifra representa também um aumentou pelo quinto ano consecutivo, recorde desde a invasão do território pelos Estados Unidos e a Grã-Bretanha em outubro de 2001.

Além disso, registrou-se o aumento no número de mortos como resultado das ações das tropas dos Estados Unidos e da ISAF e dos golpes (ataques) aéreos que constituem a táctica mais fatal.

O enviado especial do Secretário Geral da ONU, Jan Kubics, e o alto comissionado para os direitos humanos, Navanethem Pillay, expressaram sua grande preocupação pelo aumentou consecutivo do número das vítimas entre os civis.

Em iguais termos pronunciou-se o emissário da chancelaria russa, Konstantin Dolgov, que chamou "os contingentes internacionais no Afeganistão a dar imediatamente passos adicionais eficientes na observação dos direitos humanos e das normas humanitárias no marco do cumprimento do mandato recebido do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Dolgov destacou que é inadmissível causar inclusive danos não premeditados à população e à infraestrutura do Afeganistão.

No entanto, os talibãs denunciaram a ONU por falsificar as últimas cifras de vítimas civis no Afeganistão e asseguraram que a OTAN e os Estados Unidos assassinaram mais pessoas em ataques noturnos do que a quantidade informada nas estatísticas.

O documento responsabiliza os insurgentes afegãos por 77 por cento das perdas humanas e afirma que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as forças afegãs e estadunidenses mataram 410 civis.

Através do site jihadista, os talibãs acusam a ONU de tentar "legalizar os crimes cometidos pelas forças estrangeiras que invadem o Afeganistão".

"É surpreendente que em seu relatório a ONU assegure que só 63 pessoas morreram durante ataques noturnos no ano passado", considera o porta-voz Zabiullah Mujaid e detalha que foram contabilizadas ao menos 374 mortes em duvidosos registros noturnos e ataques aéreos.

Mujaid argumenta que "se trata de um relatório político: a ONU repete o que diz Washington e tenta nos atribuir os crimes desumanos deste conflito".

A afirmação do porta-voz insurgente constituiu uma réplica ao declarado antes pelo general John R. Allen, comandante da Força de Assistência à Segurança (ISAF) no Afeganistão, que manifestou sua satisfação com o relatório da UNAMA, que mostrou uma redução das vítimas civis devidas pela coalizão internacional.

O Afeganistão está sob a ocupação de ao redor de 98 mil militares dirigidos pelos Estados Unidos e outros 40 mil da ISAF.

Esta última, composta por militares de 37 países e sob comando da OTAN, foi criada em dezembro de 2001 pelo Conselho de Segurança da ONU para secundar as tropas do Pentágono na ocupação e pacificação do Afeganistão.

Os militares canadenses e estadunidenses ocupam Kandahar e Khost, enquanto os britânicos fazem-no em Helmand, os holandeses em Uruzgan (centro) e os espanhóis em Herat.

* Jornalista da Redação Ásia da Prensa Latina [Modificado el ( lunes, 13 de febrero de 2012 )]

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