O Ministro de Exteriores da França, Alain Juppé,
pediu nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para
criar “corredores humanitários” para que as ONGs possam “assistir” aos cidadãos
sírios, que, supostamente, se encontram na região “onde têm massacres”. Afirmou
que estes corredores deviriam ser discutidos no Conselho de Segurança.
Juppé disse, numa entrevista a rádio local, que
esta nova resolução sobre a Síria já começou a negociar com a Rússia, país que
junto com China tem rechaçado toda medida contra a nação árabe, para que seja
votada no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O governo francês já havia proposto em novembro
passado criar “corredores humanitários” na Síria, mas, a proposta não foi bem
recebida nas Nações Unidas.
Indicou que, nesta quinta-feira, someterá a um “voto
simbólico” da Assembleia Geral da ONU um texto sobre a Síria, que servirá para adicionar
mais pressão ao Governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. O titular de
Exteriores da França assegurou que o texto receberá o apoio de 130 ou 140 países.
“Esse símbolo terá força”, acrescentou.
Arábia Saudita e Catar preparam o documento e, no
mesmo, se exige que o Governo sírio ponha fim a “repressão”, bem como, apoia os
esforços da Liga Árabe para assegurar uma transição democrática e recomenda
nomear um envio especial da ONU a Síria.
Continuam chamando para endurecer sanções
As potências ocidentais aumentam os chamados para
endurecer as sanções e incrementar a pressão contra o presidente Bashar Al
Assad. Os chamados para as novas sanções são incessantes, o presidente
americano, Barack Obama, e o primeiro ministro britânico, David Cameron, não
descartam tomar essa medida.
Ambos os mandatários discutiram as possíveis opções
para “frear” a violência na Síria. Entre elas, falaram da necessidade de dar
novos passos no seio das Nações Unidas e de por em marcha o grupo de “Amigos de
Síria”, que deliberará por primeira vez em Tunes, próximo 24 de fevereiro.
A chanceler alemã, Angela Merkel, também garantiu o
apoio europeu a aprovação de novas sanções contra o Governo sírio. Durante o
encontro em Berlim (capital alemã) com o secretário da Liga Árabe, Nabil Al
Arabi, Merkel destacou a “postura firme” adotada pelo organismo diante do conflito
sírio. A embaixada alemã em Damasco esta fechada desde meado da semana passada
e todos os diplomatas abandonaram o país.
“A União Europeia (UE) apoia esta postura e a respaldaremos
também com a solicitação de novas sanções”, assinalou. Os ministros de
Exteriores da UE discutirão no fim do mês um possível endurecimento das sanções
contra o Governo de Al Assad, adiantou.
O Governo da Síria rechaçou terça-feira, de maneira
contundente, as acusações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os
supostos crimes de lesa humanidade cometidos contra civis deste o iniciam da
crise social, em março do ano passado.
O comunicado sublinha que tanto a ONU como os
países ocidentais pretende ignorar “os crimes terroristas que perpetram os
grupos armados” e pediu a “condenação ao terrorismo e o chamar ao dialogo para
que a Síria ultrapasse sua crise, assim como, apoiar as reformas que farão com
que a Síria seja um país unido e avançado”.
Fonte:
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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