O mandatário está refugiado na sede das Forças de
Defesa Nacional, onde pouco antes de sua renúncia tentaram irromper umas 500
pessoas, boa parte delas agentes de Polícia.
Ainda que os assaltantes fossem dispersos pela
força com o emprego de gases lacrimogêneos, até o momento não se informam
mortos ou feridos.
Em um comunicado transmitido por televisão, o
dignitário explicou que sua continuidade no poder teria conduzido ao uso da
força contra o povo.
"Na situação atual, será melhor para o país se
demitir. Não quero dirigir o país com mão de ferro", declarou.
Pouco antes, o escritório presidencial emitiu um
comunicado em que instava à cidadania a "manter a acalma",
assegurando que o mandatário "trabalhava com as instituições para
assegurar a paz e a estabilidade" neste arquipélago de quase mil 200
ilhas.
Nasheed viu-se foi forçado a renunciar pelas
manifestações antigovernamentais que há três semanas comovem ao país e pela
sublevação da Polícia, que nesta terça-feira tomou a televisão estatal e chamou
à população a sair à rua para derrocá-lo.
O líder do opositor Partido Dhivehi Quamee, Hassan
Saeed, confirmou que o presidente tinha se demitido e entregue o poder a seu
vice-presidente.
As manifestações contra Nasheed começaram após
ordenar este a detenção do presidente do Tribunal Supremo, a quem acusa de ser
um aliado do ex-presidente Maumoon Abdul Gayoom.
Ao deposto mandatário atribuísse-lhe o mérito de
reassentar a democracia em Maldivas depois de sua vitória nas eleições de
outubro de 2008.
Ao ano seguinte, no que também foram as primeiras
eleições parlamentares no país, o partido de Nasheed foi o mais votado, mas o
opositor Dhivehi ayyithunge Party se fez com a maioria das cadeiras.
Modificado el ( martes, 07 de febrero de 2012 )
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