quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Primeiro Ministro da Itália degrine aos trabalhadores e qualifica-os de monótonos
“Os jovens têm que se acostumar com a ideia de que
não terão um posto fixo de trabalho para toda a vida. Por outro lado, digamos a
verdade, que a monotonia tem um posto fixo para toda a vida. É mais bonito
mudar e ter desafios”. Ao falar, Mario Monti, primeiro ministro italiano, à
noite no Programa Matrix, às doze horas, o Governo disse que abrirá a mesa de
negociação com os sindicatos e patrões para a reforma do mercado de trabalho.
Suas declarações tem provocado uma chuva de
críticas por parte dos coletivos de trabalhadores temporários (precários), os
sindicatos e do Partido Democráticos. Não porque que são contra aos italianos mudarem
de emprego todas as vezes que queiram ou possam, mas, porque o discurso de
Monte vai implícito um tema muito sensível: a eliminação do artigo 18 do Estatuto
dos trabalhadores.
“O artigo 18 pode ser prejudicial para o
desenvolvimento econômico da Itália”, disse Monti ontem. E em que consiste artigo?
Pois, é a cláusula de salvaguarda dos trabalhadores com contratos permanentes
para poder recorrer à justiça ante uma demissão injusta.
Mario Monti não foi eleito pelo voto popular, não
tem experiência em governos nacionais (embora tenha em organismos europeus) e
tem formação acadêmica americana. É membro da Comissão Trilateral, cujos
membros mais destacados se encontram Henry Kissinger, Javier Solana, Ana
Patricia Botín ou Timothy Geithner.
A Comissão Trilateral é um circulo de reflexão
criado em 1973, por David Rockefeller, o atual patriarca da famosa família e
neto de John Rockefeller, o fundador de Standard Oil (o antecedente da
ExxonMobil, a maior empresa do mundo). Seu objetivo é fomentar a cooperação
entre as nações industrializadas, compartilhando uma liderança considerável no
sistema internacional, embora seja acusada, frequentemente, pelos seguidores
das teorias da conspiração sobre um governo mundial. Relaciona-se, igualmente
ao Grupo Bilderberg.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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