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quinta-feira, 19 de maio de 2016

IMPEACHMENT SEM GOLPE: FARSA DA GUERRA DE IDEIAS DELIRANTES VIA MÍDIA BURGUESA



Por: Luis Carlos

A luta política empreendida pelo povo contra o golpe enfrenta uma guerra de ideias delirantes de extremas proporções, levado a efeito pelos meios de comunicações televisivos e escritos, bem como, grupos organizados pelos golpistas nas redes sociais, cujo objetivo essencial é gerar insegurança e incerteza nas pessoas para abatê-las e enfraquecer suas forças pujantes de luta, e, assim, controlar o mando de Estado, para destruir todos os direitos sociais adquiridos pelos movimentos sociais e populares.

Fernando Pessoa, no Livro do Desassossego, fala que Bernardo Soares, personagem que escreve sua autobiografia, foi abatido diante de um contexto de ideias delirantes:
  
"Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez".

Para não titubearmos sobre qual o caminho da história a seguir, vamos tentar expor uma das ideias delirantes dos golpistas, a que gira em torno da subtração do conceito de Golpe de Estado da cena política brasileira, ideia essa que entra em conflito com a realidade, a medida que, apregoa uma crença falsa e caricatural de um impeachment que não é golpe. 

Impeachment que não é golpe é uma tese alimentada pelos meios de comunicações hegemônicos. E, este comportamento da mídia [que levam a muita gente a perderem a segurança da certeza de suas próprias lucidezes, diante desta delirante ideia] vem sendo gestada, intencionalmente, a muito tempo... 

Todos vão lembrar da propaganda dos meios de comunicações plutocráticos, principalmente, da Rede Globo, quando em alguns momentos recentes da história, suprimiram, propositalmente, o conceito de "Golpe de Estado", ou, quando aplicaram o mesmo quando lhes convinha. 

No primeiro caso, foi gritante o sumiço do conceito de Golpe de Estado para proteger as oligarquias parasitas de Honduras e Paraguai (que em ambos países massacraram seus povos). No segundo, foi severa em usá-lo para encobrir a "mão invisível" do imperialismo na derrubada do presidente do Egito. José Antonio Lima, em Carta Capital, aborda a questão dizendo que: 

"Não é difícil identificar um golpe de Estado, mas a grande imprensa brasileira tem pesos e medidas diferentes para fazer isso. Em julho, todos os grandes veículos usaram o termo golpe para identificar a derrubada do presidente do Egito. Em 2009, em Honduras, e 2012, no Paraguai, quando caíram, respectivamente, Manuel Zelaya e Fernando Lugo, o termo golpe foi suprimido deliberadamente. Em comum entre Zelaya e Lugo, o fato de serem ligados à esquerda política. Para grande parte dos grandes veículos brasileiros, entretanto, aqueles movimentos não se tratavam de golpes, exatamente como o que apoiaram em 1º de abril de 1964 e que derrubou João Goulart".

É um desdobramento lógico, afirmar que, quem defende um Golpe de Estado quando lhe é conveniente e nega quando convém, praticará sempre o mesmo método, pois, esse é o modus operandi dos meios de comunicação da burguesia. 

De fato. Os principais meios de comunicação da classe dominante usaram da operação propagandista que foi praticado nos casos de Honduras e Paraguai para aplicar no Brasil de hoje, ou seja, do expediente da negação de Golpe de Estado.   


"A Rede Globo montou uma campanha implacável em torno do tema “impeachment não é golpe”, recorrendo a um recurso primário. Chega até o jurista e pergunta se impeachment é golpe. É o jurista obviamente responde que não, já que previsto na Constituição. A pergunta a ser feita é “este impeachment, da maneira como está sendo montado, é golpe?”. É golpe. Como impichar uma presidente sem apontar uma culpa sequer, sem comprovar nenhum crime de responsabilidade?"

Pois é, como via de regra, empregam o procedimento seletivo de fatos e acontecimentos para disseminarem ideias delirantes para destorcer, camuflar e ocultar o pântano de fundo vil de seus interesses, em outras palavras, com a ajuda da guerra delirante produziram - com o objetivo de descentralizar as percepções e entendimentos das pessoas a respeito do foco central - duas linhas de atuação: de um lado, um slogan de impeachment que não é golpe, de outro lado, brindaram o exercício governamental de um grupo de golpistas através da máscara da falsidade, bem como, da mentira transvestida de supostas coerências que, sem sombra de duvida, marcam seu lugar como a maior fraude da história brasileira.

Não se sabe ainda quem a deusa estupidez tem dominado mais, se os golpistas da burguesia que reagiram na Câmara e Senado a palavra golpe, os meios de comunicações da plutocracia que tentam amputar o conceito de Golpe de Estado da vida nacional ou o STF que [por intermédio dos Brutus do Supremo Tribunal Federal, na pessoa de Rosa Weber] quer agora ministra censura a palavra Golpe, chegando, inclusive a aceitar um pedido da Câmara dos Deputados para que a presidente eleita e usurpada de seu cargo vá ao parlamento "baixo" dá explicações sobre a utilização do conceito empregado, proferidos nos discursos públicos sobre impeachment.

Enfim, ao enfrentar a ofensiva das ideias delirantes, tipicas da guerra psicológica, jamais seremos um Bernado Soares para recuar cheio de horror diante das manipulações dos meios de comunicações golpistas que pretendem fazer o impossível: apagar da realidade social e da história recente um GOLPE DE ESTADO. Neste sentido, iremos avançar pujantes na luta contra este crime praticado na direção de nossa gente. No contrapé da aceitação da ideia, "perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez", ocasionado pela fantasia mediática, o povo que na luta faz a história, essa bíblia do porvir, em oposição a todo tipo de manipulação [olhando a "fimbria do vasto horizonte" que na "luz da alvorada" trás "um dia melhor"] vai seguir declarando seu repúdio a tal desvairada mentira.

Desde muito cedo, quando satanizavam o socialismo dizendo que não prestava por isso ou por aquilo, logo vi que [o padrão de interesses e ideias delirantes na condenação sem justificativa alguma sobre o tema], na verdade, buscavam ocultar os interesses das elites, e, paulatinamente, fui observando que o slogan sem conteúdo era uma enganação e uma distorção dos fatos e acontecimentos verdadeiros. De igual maneira, hoje, posso dizer que esta delirante tese de impeachment sem golpe, apregoado pelos golpistas, no quadro como aconteceu, é uma mentira e uma manipulação, e diametralmente oposto a isto, dizemos: É GOLPE DE ESTADO SIM.  

Vem vamos embora que esperar não é saber...Este é o caminho...

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