quinta-feira, 6 de maio de 2010
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"Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar."
Castro Alves
"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora".
(Voltaire)
Mujer (Mulher)
Orishas
Mulher te canto esse hino
Trago a pura verdade,
Incerto e cruel destino,
Meu canto contigo está.
(...)
Na penumbra vive esse ser preso
Por não poder decidir,
Soltar sua voz ao vento,
Trate de resistir
Sem perder o alento
Sem parar nenhum momento.
Séculos trabalhando, dando amor,
A épocas sem rir no tempo
Onde queremos ir,
Os homens do universo
Vamos escrever outro verso já.
(...)
Vem pra cá
Sou como um trem volta a cada hora, como um touro a sufoca-lo.
E hoje me dei conta e vi
Onde haviam saídos seus direitos direto dos fatos
Abusos sexuais,
Exploração de idades,
Corrupção social,
Crimes
Como Mariana Grajales
Está aqui escrita na história
Mas uma vitória ainda não está consagrada.
Tem que seguir com força e que todos lutem pelo amor,
Reivindicando para o progresso da mulher
Embora, que se há logrado um grande trecho.
Te digo de fato, quando tuas lágrimas grita, a mãe acalma no peito.
(...)
Me resguardo no lápis, respiro com o espírito
Se sente feliz
Nada de personalidade
Transa, realça a ti mulher
Criadora de raças
Maltrato físico, castigo duro é o que domina
Mulher não pare, a batalha
Não está ganha.
Falta muito para andar nesta gangue,
Juntos a guerra está triunfada.
Você quer todo o respeito, nenhum estress.
Hoje por mim será premiada
E sobre continuaremos a batalha
Toda está merda se acabará.
Tua posição será respeitada,
Altos níveis, ela está apoiada
(...)
Tradução: By Dyego
Mulheres - Pablo Neruda
Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.
Pablo Neruda
Jorge Amado escrevendo sobre Castro Alves
relacionou a Liberdade a Mulher, e, indagando
se por ela não seria doce a morte disse:
“Mas o esperava na cidade, aquilo que para
lá o arrastava era mais que uma mulher,
Era uma deusa. Liberdade se chama ela,
amiga, ninguém sabe a cor dos seus cabelos,
mas que não sabe que ela é mais bela que todas,
que por ele é doce a morte?
Há no mundo uma raça de homens com instintos sagrados e luminosos, com divinas bondades do coração, com uma inteligência serena e lúcida, com dedicações profundas, cheias de amor pelo trabalho e de adoração pelo bem, que sofrem, que se lamentam em vão.
Estes homens, são o Povo.
Estes homens estão sob o peso de calor e de sol, transidos pelas chuvas, roídos de frio, descalços, mal nutridos; lavram a terra, revolvem-na, gastam a sua vida, a sua força, para criar o pão, o alimento de todos.
Estes são o Povo, e são os que nos alimentam.
Estes homens vivem nas fábricas, pálidos, doentes, sem família, sem doces noites, sem um olhar amigo que os console, sem ter o repouso do corpo e a extensão da alma, e fabricam o linho, o pano, a seda, os estofos.
Estes homens são o Povo, e são os que nos vestem.
Estes homens vivem debaixo das minas, sem o sol e as doçuras consoladoras da Natureza, respiram mal, comendo pouco, sempre na véspera da morte, rotos, sujos, curvados, e extraem o metal, o minério, o cobre, o ferro, e toda a matéria das indústrias.
Estes homens são o Povo, e são os que nos enriquecem.
Estes homens, nos tempos de lutas e de crises, tomam as velhas armas da Pátria, e vão, dormindo mal, com marchas terríveis, à neve, à chuva, ao frio, nos calores pesados, combater e morrer longe dos filhos e das mães, sem ventura, esquecidos, para que nós conservemos o nosso descanso opulento.
Estes homens são o Povo, e são os que nos defendem.
Estes homens formam equipagens dos navios, são lenhadores, guardadores de gado, servos mal retribuídos e desprezados.
Estes homens, são os que nos servem.
E o mundo oficial, opulento, soberano, o que faz a estes homens que o vestem, que o alimentam, que o enriquecem, que o defendem, que o servem?
Primeiro, despreza-os, não pensa neles, não vela por eles, trata-os como se tratam os bois; deixa-lhes apenas uma pequena porção dos seus trabalhões dolorosos; não lhes melhora a sorte, cerca-os de obstáculos e de dificuldades; forma-lhes em redor uma servidão que os prende a uma miséria que os esmaga; não lhes dá proteção; e, terrível coisa, não os instrui: deixa-lhes morrer a alma.
É por isso que os que têm coração e alma, e amam a justiça, devem lutar e combater pelo Povo.
E ainda que não sejam escutados têm na amizade dele uma consolação suprema.
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