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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Erasmo Carlos descobriu o elixir da longa vida do amor.

Erasmo Carlos na letra “Cultura Poética” descobriu o elixir da longa vida do amor.


Poderia iniciar este comentário fazendo a conclusão antecipada dizendo que o compositor fez um poema com uma única palavra: “te amo”.

Mas, vou me aventurar em considerar e apreciar a letra, deixando a conclusão por final.

O outro ser amado que se relaciona com o eu eramonismo é tão forte que predomina nesse último ao ponto de dominá-lo sentimentalmente: ultra-romantismo. Deseja-se escrever um poema de amor para expressar algo que sente, porém, perdido entre as palavras, não se consegue externá-lo em linguagem escrita ou falada.

Eu quis escrever um poema
Falando de amor prá você
Mas me perdi entre tantas palavras
São coisas que eu sinto
Mas, não sei dizer

A impressão amorosa leva-o as “imagens de estrelas na imensidão”, acontecimento que se busca fugir: isso é falta de imaginação. Mas, foge e fica sem imaginação poética.

Tentei fugir das imagens
De estrelas na imensidão
Mas não conseguí fazer nada sem elas
Que falta de imaginação ...

A contradição entre sentimento e razão continua, de modo que, insiste em compor uma poesia: vai aos livros para buscar aprimora os versos. Não se objetiva a composição, apenas, frases mal feitas, que não expressam sentimentos de amor. Duas intenções se manifestam nesta parte. A primeira, tem por finalidade consegui-la através do poema, no caso, é ganha um beijo. Segundo que, a expressão de sentimentos de amor é detalhe comum que a mulher não esquece.

Então pedí socorro aos meus livros
Prá melhor meus versos rimar
Deixando o coração me levar
Desvendar mistérios da métrica
Pensando no beijo que eu iria ganhar

Achei as frases um lixo
Tudo que você não merece
Não fui capaz de expôr sentimentos
Detalhe comum que a mulher não esquece

A conclusão da letra musical é interessante.

Não é por não ter poema
Que o meu amor não declamo
Me resta na falta de cultura poética
Dizer simplesmente te amo

Mesmo sem ter composto um poema, para o fim a que se destina, não quer dizer ausência dele, pois, o compositor tem poema. Ser ou não ser eis a questão! A cultura poética lhe falta, ou seja, a cultura poética dos livros. Apresentado, assim, a justificativa pode tão somente dizer: eu te amo.

Não sei se existe poema feito com está pequena frase, mas, de uma coisa não tenho duvida: para quem ama e está cheio de sentimento, ao ponto de não chegar a escrever um soneto sequer, é ínfima a expressão. Além disso, quem diz as três palavras mágicas do elixir da longa vida do amor ao outro, concluindo antecipadamente que vai ganho um beijo, dado “ao detalhe comum que a mulher não esquece” palavras de sentimentos, não representa, no caso, termos que correspondam a sentimentos. É uma construção discursava que encobre interesses outros e não amor.

Castro Alves tem uma frase que diz: "Ação e idéia - são gêmeas. Quem as poderá aportar?". Neste sentido, se a idéia expressa nas três palavrinhas mágicas se limita a atingir o objetivo acima, então a frase é demagogica e a ação contemporiza apenas o eu e não o outro. Essa não existe como pessoa existencial portadora também de desejos e vontades. É um amor egoísta.

Amor é compartilha. O falar corresponde à ação amorosa sem egoísmo e unilateralidade. É uma pratica ligada ao falar e do falar a atitude. Se parto com o conceito pronto que é comum a mulher gostar de ouvir “eu te amo”, deduzindo, que “EU” vou ganhar “beijos”, essa mulher vai apenas proporcioná-lo desejos e saciar suas vontades mais que secretas e escondidas atrás de palavras. Compartilhar é vê a outra também partilhar beijos, carinhos, companheirismo, palavras correspondentes que juntam idéias com ação amorosa unindo o eu e o tu no nós.

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