Damasco, 17 nov (Prensa Latina).
O Ministério do Interior ordenou reforçar a proteção das sedes diplomáticas estrangeiras e anunciou ações legais contra aqueles que atacarem-nas, enquanto o Governo sírio analisa o resultado de uma reunião de chanceleres árabes no Marrocos.
Uma nota difundida pelos principais meios noticiosos estatais pontualizou que a Síria continua comprometida com os acordos e convenções internacionais sobre relações diplomáticas que estipulam garantir proteção a missões e edifícios vinculados a estas.
"Serão tomadas as devidas medidas legais, inclusive a detenção e julgamento contra aqueles que invadirem edifícios diplomáticos ou atentar contra eles", apontou o Ministério que instruiu comandos da polícia a impedir qualquer um de se aproximar das delegações.
O esclarecimento seguiu as manifestações de milhões de cidadãos que respaldam o presidente Bashar Al-Assad e protestaram pelo que consideraram traição de países árabes e agrediram embaixadas de governos que lideram a campanha midiática e política contra Damasco.
As sedes do Catar, país com maior protagonismo visível na cruzada antisíria da Liga Árabe (LA), da Arábia Saudita, Jordânia, Emiratos Árabes Unidos, Marrocos e da França foram atacadas com pedras e ovos, além de sofrer outros danos materiais.
Por outro lado, círculos governamentais fizeram restritas referências ao anúncio, ontem à noite em Rabat, dos ministros de Relações Exteriores da LA de redigir um memorando à chancelaria síria sobre o envio de uma delegação de observadores.
As agências de notícias e a televisão estatais minimizaram o tom de ultimato do texto lido na capital marroquina pelo chanceler catari, jeque Hamad bin Jassim Al Thani, de dar mais três dias a Damasco para cumprir o acordo que aceitou no dia 2.
A perguntas de jornalistas, Al Thani respondeu: "não desejo falar de últimas oportunidades, de modo que não pense se está dando um ultimato (à Síria), mas estamos quase no final da linha".
Os meios sírios, ao contrário, destacaram que, longe da suspensão como membro defendida por países alinhados ao Ocidente, a conclusão do encontro foi enviar um memorando legal a Damasco para que seja firmado e se ofereça garantias à missão de observadores.
Depois da assinatura desse protocolo em um prazo não maior de três dias, a LA decidirá o envio da comitiva, sobre a qual o governo de Al-Assad indicou há dias que teria total liberdade para mover-se pelo país e verificar a realidade sobre o terreno.
As autoridades deste país se esforçam para pôr fim à violência dos que chamam de grupos terroristas armados, apesar da instigação constante à oposição mais radical por parte dos Estados Unidos e de países europeus e árabes.
Precisamente, ontem foram enterrados 11 efetivos de segurança e soldados do Exército, em uma jornada que, segundo dados de duvidosa credibilidade contribuídos pela oposição, pereceram cerca de 20 ativistas.
Na quarta-feira subiu para 1.180 a cifra de presos indultados pelo governo, e o Ministério de Informação detalhou que se autorizou a entrada no país de dezenas de repórteres estrangeiros.
Fonte:
http://www.prensalatina.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=450961&Itemid=1
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