terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Nos EUA, pode ser contratado pelo Governo para matar
Pilotos dos drones: "É legal. Nos EUA, você
pode ser contratado para matar" - A Força Aérea dos EUA possui 230
aviões-robô (drones) modelos Reaper,
Predator e Global Hawks. A qualquer momento do dia ou da
noite, todos os dias, pelo menos 50 deles estão no ar "em missão".
A Força Aérea dos EUA possui 230 aviões-robô
(drones) modelos Reaper, Predator e
Global Hawks. A qualquer momento do dia ou da noite, todos os dias, pelo
menos 50 deles estão no ar "em missão".
Mas é a incorporação à frota de 730 novos drones -
a serem incorporados nos próximos 10 anos - que explica por que os
"pilotos" estão sendo obrigados a "pilotar" quatro drones
simultaneamente. A enorme expansão do
programa de drones ordenada pelo presidente Obama parece estar criando uma demanda
de pilotos que os militares não estão conseguindo suprir.
David S. Cloud informa, no Los Angeles Times [1], que nos EUA os militares já cederam
lugar a várias empresas contratadas, que ocupam todos os níveis de uma
"corrente de matar". Essas empresas privadas analisam todos os vídeos
enviados pelos drones e tomam as decisões de ataque, quer dizer, há empresas
contratadas para decidir onde e quando disparar os mísseis Hellfire instalados
nos drones.
A prática não é nova.
Segundo Cloud, o "protagonista" no ataque
de um drone Predator que matou acidentalmente 15 afegãos em 2010 foi um
empregado de uma daquelas empresas, um civil, portanto, informação que o
oficial do Exército que investigava o caso ignorava e muito o surpreendeu.
Os pilotos da frota de drones são assunto que
preocupa cada vez mais a Força Aérea dos EUA.
É preciso equipe muito maior para pilotar à
distância um drone, que para pilotar presencialmente um jato F-15. Com o grande
aumento da frota de drones no governo Obama, cada vez mais o serviço está sendo
entregue a empresas privadas contratadas. Cabe a essas empresas analisar os
vídeos e manter no ar a frota de drones.
A Força Aérea informa que são necessários 168
técnicos para manter no ar durante 24 horas
um drone Predator; e 300 técnicos para fazer voar um drone Global Hawk
pelo mesmo período.
O programa anunciado semana passada - cada técnico
passará a ser responsável por "voar" quatro drones simultaneamente -
foi recebido com extrema preocupação, num contexto em que inúmeros aspectos
legais permanecem na mais total obscuridade.
Apesar da oposição pela opinião pública, das
questões legais envolvidas, e do estresse adicional a que ficaram submetidos os
empregados das empresas contratadas, militares dos EUA e da Grã-Bretanha já
falam com entusiasmo sobre "a grande promessa" que é o programa de um
"piloto" no comando de quatro joysticks, um para cada drone.
A menos que a Força Aérea dos EUA amplie
drasticamente seus esforços de recrutamento, o que é improvável, dados os
cortes no orçamento dos EUA, o mais provável é que aumente o número de
empregados civis contratados, a serviço de empresas comerciais. Chegamos afinal
à situação em que as corporações da indústria bélica estão, literalmente, com o
dedo no gatilho, no comando de operações de guerra e disparando armas
norte-americanas, em todo o mundo.
Por mais que se deva supor que a Força Aérea dos
EUA ainda mantém algum grau de excelência no treinamento de seus pilotos, e
tenha mecanismos eficazes para "filtrar" de seus quadros elementos moralmente indesejáveis, é
evidente que não se pode esperar que empresas comerciais adotem os mesmos
critérios de excelência na seleção e treinamento de seus empregados.
Nota dos tradutores
[1]
29/12/2011, "Civilian contractors playing key roles in U.S. drone
operations", Los Angeles Times.
http://redecastorphoto.blogspot.com/2012/01/pilotos-dos-drones-e-legal-nos-eua-voce.html
Business
Insider, Robert Johnson, Business Insider (distribuído por e-mail, Blog STOP
NATO)
US
Civilians Are Now Helping Decide Who To Kill With Military Drones
Fonte:
Traduzido:
Pessoal da Vila Vudu
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