Um avião não tripulado dos Estados Unidos matou
várias pessoas no norte do Paquistão, próximo da fronteira com o Afeganistão,
informou funcionários de segurança paquistaneses.
Oito supostos rebeldes islâmicos resultaram mortos
e dois feridos depois de uma taque com misseis a uma casa da região de
Waziristán do Norte. Trata-se de um distrito tribal fronteiriço com o
Afeganistão que é considerado o principal bastão dos talibãs e seus aliados da
Al Qaeda e está pouco controlado pelas autoridades, apensa com algumas
guarnições militares.
Os bombardeios com aviões não tripulados nas
regiões tribais paquistanesas, suspeitosas de albergar terroristas, iniciaram
em 2004, mas tem se intensificado nestes três últimos anos com mais de 220
ataques desde agosto de 2008. Durante este lapso, além de abater aos
terroristas, os aparatos americanos mataram 535 pessoas inocentes, entre elas
60 crianças, segundo as autoridades paquistanesas.
Está contente o Paquistão?
Na terça-feira, o Paquistão pediu ao Reino Unido
ajuda para deter os assaltos de ‘drones’ dos EUA que “mataram a centenas de
civis”. Em uma entrevista exclusiva com
o jornal britânico The Sun, o Ato Comissário do Paquistão para o Reino Unido,
Wajid Shamsul Hasan, revelou que as relações de seu país com os americanos “estão
em seu ponto mais baixo”.
“Nossa paciência está se esgotando”, declarou
Hasan. Segundo o diplomático, o dano causado a seu país pelos aparatos é “enorme”
e “os americanos podiam ser o povo mais odiado pelos paquistaneses agora”. Além
disso, pediu ao primeiro ministro britânico, David Cameron, para censurar os
ataques dos ‘drones’ americanos, taxando-os de “crimes de guerra” e “execuções”.
Hasan, ademais, se manifestou contra o principal
aliados dos EUA no Oriente Médio, Israel. No caso de Israel ataque o Irã,
Paquistão prometeu seu apoio à República Islâmica.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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