quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Trabalhadores portuários do Chile protagonizam greve nacional
Mas de oito mil trabalhadores portuários do Chile
paralisarão seu trabalho hoje e amanhã em protesto pela cobrança indevida de
impostos nos últimos 30 anos.
O porta-voz da União Nacional Portuária, Robinson
Avila, afirmou que os portuários avulsos exigem a devolução do dinheiro
correspondente à cobrança de impostos sobre seus salários, aplicado por uma lei
de 1981 "imposta a sangue de fuzil durante a ditadura e se manteve nos 20
anos da Concertación", expressou.
Afirmou que ainda em setembro de 2010 o Serviço de
Impostos Internos reconheceu o erro e gerou uma circular para resolver a falha,
mas os empresários continuam sem reintegrar as remunerações.
Avila assegurou que com a greve, a segunda jornada
de braços caídos em 2012, outros setores econômicos do país também serão
afetados, entre os quais mencionou o florestal, mineiro, pesqueiro e frutícola.
Não temos outra alternativa, sustenta o líder
sindical, quem também denunciou casos de demissões arbitrárias nos portos de
Coquimbo, Arica e Talcahuano. Nossos colegas ficarão na rua, os mais velhos sem
uma aposentadoria, os mais jovens sem indenização, manifestou.
De acordo com um comunicado público da referida
entidade gremial, se deterão totalmente os trabalhos na maioria dos portos,
como Arica, Iquique, Antofagasta, Mejillones, Tocopilla, Caldera, Huasco,
Coquimbo, Chañaral e San Antonio.
Também em Valparaíso, em todos os terminais da
região de Bío Bío e em Punta Arenas.
Chamamos a todos os trabalhadores portuários a
estar alerta e preparados para as 48 horas de greve e a todos os trabalhadores
do Chile a solidarizar-se com nossa causa, sublinhou a convocação ao paro.
A jornada de protesto é apoiada pelo movimento
estudantil, o Colégio de Professores e por organizações de trabalhadores
florestais e mineiros.
Os portuários, como a maioria trabalhadora de nosso
país, foram duramente golpeados durante muito tempo e agora são de novo, quando
o próprio Estado lhes usurpa seu dinheiro, o mesmo que usurpa nossa educação,
afirmou a Confederação de Estudantes do Chile (Confech).
Os estudantes do Chile, enfatizou a declaração da
Confech, não podiam deixar passar a histórica circunstância de uma greve
nacional para brindar, irrestritamente, apoio aos trabalhadores portuários.
Santiago do Chile, 15 fev (Prensa Latina) [Modificado el (
miércoles, 15 de febrero de 2012 )]
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