quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
UE não dá o bote, mas não esconde as unhas: não planeja pelo momento retira seus diplomatas da Síria, porém, planeja novas sanções
A União Europeia (EU) não pensa neste momento
retirar a seus diplomatas da Síria, já que considera necessário que tenha
observadores independentes sobre o que ocorre nesse país, segundo disse, terça-feira,
um porta-voz do bloco.
Bélgica anunciou, na segunda-feira, que chamou para
consultar seu embaixador em Damasco, uma decisão que incluiu uma petição para a
UE coordena a política europeia, a fim de garantir a segurança dos diplomatas
da comunidade no território sírio.
O Reino Unido tomou a mesma decisão segunda-feira,
a qual se somou países como Espanha, França e Itália.
“Não temos planos de nenhum tipo, por agora, para
retirar o chefe de nossa delegação em Damasco”, indicou em uma conferencia de
imprensa o porta-voz da chefia de politica exterior da UE, Michael Mann.
Ressaltou que “é importante manter a gente no
terreno, já que não tem imprensa independente, para informar do que ocorre”.
De acordo com uma fonte diplomática, os
representantes dos vinte e sete países da UE, em Bruxelas, analisaram em um
almoço de trabalho o que fazer com seus embaixadores na Síria sem chegar a uma
posta conjunta.
Está previsto que voltem a tratar do assunto na próxima
sexta-feira, indicou a mesma fonte.
Mann recordou, por sua parte, que a União Europeia
prepara uma nova bateria de sanções contra o governo de Bashar Al Assad pela violenta
repressão aos protestos durante o último um ano, mas recordou que a saída política
para a crise síria deve ser liderada pela Liga Árabe.
Nessa mesma rodada de medidas, a UE estuda incluir
um veto a todo comércio de ouro e metais preciosos com a Síria – como o que impôs
recentemente ao Irã – que se somariam as sanções já postas nos setores energéticos,
financeiros, bancários e comerciais, em coordenação com os Estados Unidos.
Segundo fontes do bloco, não se tem por agora, um
acordo para proibir a maior parte das operações com o Banco Central sírio e
bloquear seus fundos, uma ideia planejada por alguns países.
Tampouco se descarta ampliar a “lista negra” nas
quais figuram quase uma centena de pessoas e dezenas de entidades, mas, igualmente,
pelo momento, os Estados membros não têm apresentado novas propostas neste
sentido.
O objetivo dos vinte e sete países é fechar sua
nova ronda de sanções, o mais tardar, no próximo dia 27, quando se reúnem em
Bruxelas os ministros de Exteriores do bloco.
Os especialistas da UE, responsáveis do expediente,
têm previsto voltar a tratar do assunto na próxima quinta-feira.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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