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domingo, 13 de novembro de 2011

Destruíamos o Estado de Israel

Este texto, que procuramos traduzir, foi postado pelo blogger Asueldo de moscu, em 28 de Dezembro de 2008, há aproximadamente três anos. O Conteúdo conjuntural aborda os acontecimentos que giram em torno do massacre por parte de Israel contra o povo palestino, que luta pela criação de um Estado soberano. Apesar da atemporalidade da reespostagem do artigo aqui no blog, o povo na luta faz história, isso não tira o caráter esclarecedor da atualidade agressiva da sede de poder sanguenta do sionismo, peculiar da direita capitalista do Estado de Israel e dos seus aliados (Estados Unidos da América do Norte e União Europeia).

Ademais, farei minhas as palavras de Héctor Gómora que diz:

“Como tantas otras veces há sucedido em el mundo, quien escribe duramente contra el Estado de Israel es objeto, tade ou tempramo, de la acusación de ser antissemita”.


Por Assueldo de Moscou

Israel não é apenas um estado que não tem direito a existir por seu caráter institucionalmente racista. É também um estado extremante violento com todos seus vizinhos, que constitui um posto permanente dos interesses imperialista e expansionistas dos Estados Unidos no extremo oriente do Mar Mediterrâneo, a muito poucos quilômetros de onde se encontram as principais reservas mundiais de petróleo. Estados Unidos arma e financia a um estado extremante violento e agressivo, situado quase na fronteira da União Europeia, que não hesita em utilizar técnicas terroristas dentro e fora de suas fronteiras contra quem considera seus inimigos, que são quase todos os países de seu entorno, qualquer que se oponha a seus interesses, e os povos que durante séculos tem vivido no território que hoje ocupa o estado de Israel.

Não devemos perder de vista que o atual Estado de Israel nasceu como consequência de uma nunca suficientemente e lamentada resolução da ONU, e que amplia seu território graças à ocupação ilegal dos territórios que essa mesma resolução havia reservado para os palestinos, levada a cabo em 1967, ocupação que hoje em dia se mantem com o apoio incondicional dos Estados Unidos, e o silencio cumplice e indolente tão caraterístico da União Europeia. Desde 1948, tem transcorrido varias décadas de agressão aos países de seu entorno, tréguas e paz armada que tem servido a Israel para duas coisas: aumentar seu território, realizando pequenas mordidas a seus vizinhos, e repovoando com colonos de judeus integristas, extremadamente violentos e armados até os dentes, os territórios palestinos – nos que nunca haviam vivido antes os judeus – fazendo especialmente em Gaza, expulsando os palestinos de suas casas. Uma operação claríssima de limpeza étnica, levada a cabo por Israel e patrocinada pelos Estados Unidos.

Ao longo destes anos se tem ido criando uma resistência palestina que tem atuado as vezes diretamente contra Israel, e em outras ocasiões tem praticado o terrorismo – especialmente nos anos 70 – contra aqueles países que de maneira ativa ou passiva tem apoiado o Estado de Israel. Na última década tem criado uma espécie de imagem que pretende nos convencer de que o problema palestino está em vias de solução pelo fato de que Israel tem aceitado a existência da Autoridade Nacional Palestina, que é soberana nos territórios que a ONU reservou para os palestinos – Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Porém, isto não é verdade, porque nem se tem retirado às colônias judaicas de Cisjordânia, nem se permite aos palestinos criar as redes de infraestruturas civis necessárias, que são precisas para o mantimento de um Estado, nem se permitem as comunicações terrestre entre Gaza e Cisjordânia, nem se respeitam as decisões eleitorais dos palestinos. E ademais, essa não seria a solução de nada, posto que manteria a existência de dois estados fortemente opostos entre sí, um deles armado até os dentes por Estados Unidos ou rejeitados por todo seu entorno, e o outro caldo de cultivo de um sentimento – bastante justificado – de ódio ao Ocidente, sentimento que com tanta facilidade se transforma em terrorismo desesperado dos que não tem nada que perder.

Uma decisão eleitoral, precisamente, consistente em enfraquecer o poder da corrupta OLP e entregá-lo ao Hamas, uma organização politica de caráter religiosa, com uma grande atividade social, e decidida partidária do legitimo direito de resistência ativa – quer dizer, violenta, si é necessário, que o é – contra a ocupação israelense, a que os Estados Unidos e seus satélites europeus consideram como uma organização terrorista – curiosamente, com nula atividade terrorista, a diferencia da OLP, ao que se olhava com hipócrita simpatia desde o Ocidente – é o que tem desencadeado a situação atual da Palestina, mais desesperada que nunca. Quando Hamas ganha as eleições da Autoridade Nacional Palestina, Israel declara um bloqueio brutal e ilegal contra a Faixa de Gaza, uma superfície de 365 quilômetros quadrados em que estão lotados um milhão e meio de pessoas, e os corta o suprimento de todo o necessário para que uma sociedade possa avançar e desenvolver-se, permitindo que entre com conta-gotas, somente aquilo que é estritamente imprescindível para a sobrevivência. Um bloqueio criminal a que Israel e Estados Unidos obrigam a somar-se a Egito, que fecha sua fronteira com Gaza, deixando a um milhão e meio de pessoas absolutamente ilhadas do mundo.

Nesta situação, Palestina não tem outra saída que defender-se lançando misseis, pedras, paus e o que tenha em sua mão contra o estado agressor, que o fecha todas as portas, e Hamas organiza como pode essa resistência, lançando foguetes de curto alcance – não pode acessar a outro tipo de armamento – contra o território de Israel, ante a passividade vergonhosa dos estados árabes vizinhos e da democrática, civilizada, hipócrita, decadente e covarde União Europeia. Israel respondeu ontem a este ato de legitima defesa, lançando o maior ataque contra a população civil palestina e realizado em toda sua existência. Em apenas um dia, Israel tem assassinado no mínimo 350 pessoas, embora ajam muitos cadáveres por localizar e muitos feridos graves por morrer – Israel não permite a entrada de medicamento em Gaza, e nada vai fazer para leva-los – e muitos misseis por cair.

Que Israel é um estado terrorista e racista, extremamente violento e agressivo são coisas que já sabemos. Que Estados unidos o fomenta e o apoia, também o sabemos. O que nos resta saber é até onde está disposta a União Europeia a vir a parar de se esconder e olhar para outro lado, o que resta saber é o quanto vai permitir a capacidade da União Europeia para chegar a intervenção dos EUA às portas da Europa, e até que ponto vai tolerar um satélite de Estados Unidos que desestabiliza permanentemente a região oriental do Mediterrâneo. Se a União Europeia fosse o estado democrático e civilizando que quer ser, si a EU acreditasse realmente em uma politica exterior comum e em uma defesa comum já havia lançado um ultimato a Israel para que cesse as agressões e se dissolva em um novo estado democrático, desarmado e laico – no religioso e no racial – no qual judeus e palestinos possam viver em paz e liberdade sob o principio sagrado de uma pessoa um voto.

Para ler o texto original e acompanhar todo o seu conteúdo acesse o seguinte link:

http://www.asueldodemoscu.net/?p=2719

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